A secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, compareceu nesta quinta-feira (19), à Câmara Municipal de Goiânia, durante sessão ordinária, para falar sobre as mudanças que estão sendo implementadas na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e também debateu com os vereadores sobre os problemas e as propostas do Paço para solucionar a crise do setor na capital, especialmente no atendimento à população mais carente.
Fátima Mrué negou, com veemência, que tenha pedido demissão do cargo e garantiu que tem “um compromisso firme com o prefeito Íris Rezende, que é oferecer um serviço de saúde digno à população. Jamais passou pela minha cabeça pedir demissão do cargo”.
“Não vejo nenhum problema estar aqui quinzenalmente para discutir os problemas do setor. Será mais uma forma de ampliação do diálogo com este Poder, que deve mesmo participar da busca de soluções para a saúde”, frisou ela. A Secretária confirmou ainda que a taxa de ocupação das UTIs é baixa, ou seja, cerca de 50%, quando o recomendado é de 90%.
Mrué afirmou que a atual gestão é centrada no paciente e não nos prestadores de serviços. “A prova disso é que estamos implantando um novo sistema de informática que vai permitir que os procedimentos sejam agendados diretamente pelos médicos durante as consultas”, garantiu a secretária aos 30 vereadores presentes na sessão.
De acordo com a gestora, o novo software vai permitir que a gestão municipal tenha maior controle sobre os procedimentos médicos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiânia. “A intenção é corrigir a atual situação, eliminando as filas intermináveis para a marcação de exames, e oferecer dignidade à população”, explicou a secretária.
Além do novo sistema, a titular da SMS pontuou que a pasta vai criar uma comissão que percorrerá duas vezes por dia os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Goiânia. “Vamos fiscalizar diariamente a oferta de leitos de UTI. Com isso, vamos implantar uma Saúde sustentável e que, de fato, funcione”.
Questionada pelos vereadores sobre a construção da UPA do Jardim América, a secretária explicou que os recursos do Ministério da Saúde para as obras seriam cancelados em novembro deste ano caso o projeto não fosse iniciado. “Diante disso, transferimos os atendimentos do Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Jardim América para o Ciams do Novo Horizonte para a construção de uma UPA no local”, destacou.
Por fim, questionada sobre as ambulâncias, a secretária respondeu que as ambulâncias são antigas e estão sem manutenção. O Ministério da Saúde foi comunicado do fato e medidas serão adotadas para solucionar o problema. Disse desconhecer, porém, recursos para manutenção das ambulâncias estariam sendo utilizados para quitação de folha de pessoal. “Não tenho conhecimento disso”, alegou Mrué.