Mutirão Carcerário atende 2,3 mil detentos na CPP, em Aparecida de Goiânia

Mutirão CPP

Uma grande força-tarefa de cidadania e saúde realizada por mais de 100 funcionários da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGCAP), começou nesta segunda-feira, 19, na Casa de Prisão Provisória (CPP), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O Mutirão Carcerário promete atender, até sexta-feira, 23, mais de 2 mil presos provisórios, com palestras, exames, atendimento médico e assistência jurídica gratuita. 

A ação também conta com a participação de profissionais do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil (Seção Brasil), Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Secretaria Estadual de Saúde (SES) e Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia. 

“Estamos trabalhando em duas frentes para levar humanização ao cárcere. De um lado, todos os presos receberão atendimento médico e farão exames. De outro, estamos promovendo um pente-fino nos processos, com um levantamento do número de presos que não possuem guias de execução provisórias ou definitivas”, afirma Josimar Pires, diretor-geral de Administração Penitenciária. 

Judiciário 

Defensores e defensoras públicas irão analisar cerca de 1,2 mil processos, entre 19 e 23 de setembro. A Defensoria prestará serviços de assistência jurídica, devolutivas sobre situação prisional dos assistidos, apresentação de pedidos de liberdade provisória e revogação de prisão, entre outros. Os levantamentos dos processos são feitos desde o início de agosto pela DGAP, dentro da CPP. 

Saúde 

A população carcerária da CPP, inclusive a feminina, receberá atendimento integral de saúde. Os custodiados e custodiadas passarão primeiro por uma triagem. Em seguida, eles são encaminhados para realizar testes rápidos de HIV, sífilis, hepatites B e C e coleta de exame da tuberculose.

Presos que necessitarem de atendimento médico, serão atendidos por profissionais. Além disso, haverá também palestras sobre educação e saúde.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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