Vídeo: Bolsonaro se recusa a responder pergunta e deixa entrevista, na Inglaterra

Bolsonaro se recusa a responder pergunta e deixa entrevista, na Inglaterra

Durante uma entrevista em Londres, cidade em que está viajando por conta do funeral da Rainha Elizabeth II, Jair Bolsonaro (PL) se recusou a responder uma pergunta. Uma pessoa o questionou se ele estaria utilizando a viagem para fazer campanha, o que irritou o atual presidente na capital da Inglaterra.

Irritação de Bolsonaro

Pouco depois de chegar a Londres, Bolsonaro fez um discurso a partir da bancada da embaixada do Brasil no local. Entre os assuntos comentados pelo candidato à reeleição, ele citou ideologia de gênero, aborto, liberação de drogas e ainda afirmou que vai vencer a disputa presidencial no primeiro turno.

A atitude gerou comoção no meio político. Seu principal adversário, Lula (PT), entrou com pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o órgão proíba essas manifestações de Bolsonaro. A candidata Soraya Thronicke (União Brasil) também fez o mesmo pedido ao TSE.

Por isso, surgiu a pergunta a Bolsonaro durante uma entrevista em frente à embaixada, justamente questionando os discursos do atual presidente e qual poderia ser a sua intenção por trás da viagem ao Reino Unido. Isso não agradou ao presidente.

“Você acha que vim aqui fazer política? Pelo amor de Deus, não vou te responder não. Pelo amor de Deus, não tem uma pergunta decente? Compara o Brasil com os Estados Unidos, com o resto do mundo. Faça uma pergunta decente”, disse, antes de deixar o local.

A entrevista também contou com diversos outros pontos. Em um deles, Bolsonaro chegou a criticar a possibilidade de “um ladrão voltar à presidência”, referindo-se a Lula, e classificou como “canalhice” o escândalo dos imóveis. O presidente voltou a afirmar que, nos três anos e meio de seu governo, nunca houve corrupção.

Confira o trecho em que o presidente deixa a entrevista:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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