Dentista acusada de negligência em morte de servidor público é alvo de nova denúncia, em Goiânia

A dentista Jamilly Flexa foi alvo de mais uma denúncia de negligência nesta segunda-feira, 19, após quase um mês das acusações do empresário Benedito Antônio Nascimento, que afirmou ser ela a principal responsável pela morte do marido, Luiz Carlos das Dores, de 56 anos. Luiz teria contraído uma infecção generalizada depois de realizar procedimento estético para colocação de facetas dentárias. O caso é investigado pela Polícia Civil (PC). 

Desta vez, a profissional e um funcionário estão sendo acusados de negligência e estelionato por parte da professora Marcela de Souza Negreiros, de 41 anos, que afirma ter pago R$ 40 mil à dentista para realizar procedimentos nos dentes, inclusive a implantação de facetas, o mesmo que custou a vida de Luiz Carlos.

Marcela, que mora em Goianira, diz que abriu processo contra Jamilly e o dentista que a auxilia, sendo que comparecerá à delegacia na tarde desta segunda, 19, para prestar depoimento contra os dois. Ela afirma que após a mini cirurgia de gengivoplastia e enxerto ósseo, começou a sentir muitas dores, visto que os procedimentos foram realizados nos lugares errados. O trabalho, conforme a professora, foi realizado em abril deste ano.

“Ela realizou o procedimento no lugar errado, não corrigiu a simetria do meu sorriso. Depois disso, ela viajou para um show em outro estado e deixou esse dentista no lugar dela, sendo que ela já estava com os meus R$ 40 mil no bolso porque pediu o pagamento adiantado”, explicou.

Negligência

A professora conta ainda que a dentista também negligenciou o pós-operatório, visto que ficou quatro dias ‘contorcendo de dor’ até que Jamilly e o profissional que atende no consultório da profissional mandassem a receita correta para o seu tratamento. Ela diz ainda que a profissional não realizou qualquer tipo de exame para realizar o procedimento.

Marcela relata que no dia do procedimento, enquanto estava sob efeito da anestesia, o profissional pegou o seu celular na bolsa, sem o seu consentimento, o desbloqueou com a biometria facial e então mandou mensagens para o amigo da vítima para que ele fosse buscá-la no consultório porque ele tinha um compromisso.

“Como não tinha acompanhante, ele falou que não teria problema que iria chamar um motorista de aplicativo para mim e que me colocaria no carro. Eu não concordei então ele falou que eu poderia ficar em uma cadeira após o procedimento até que eu me recuperasse. Porém, ele pegou o meu celular e mandou mensagem para o meu amigo. Fora que ele também assinou um monte de papéis com o carimbo da Jamilly”, conta.  

Promessas

Marcela denúncia ainda que procurou a profissional depois do procedimento mal sucedido para recuperar o dinheiro. A dentista teria concordado em devolver o montante, porém, não fez a transferência e em seguida desapareceu. Desde então, a professora luta para conseguir recuperar o dinheiro perdido, e consequentemente, o sorriso.

“Tive vários problemas de saúde, inclusive, psicológicos. Perdi todo o meu dinheiro, visto que passei R$ 40 mil para e tive que gastar mais outros R$ 15 mil para arrumar os procedimentos que eles fizeram, fora os gastos com advogado. Agora estou vivendo de favor na casa de um amigo. Essa mulher precisa ser presa, precisa ter a licença cassada”, concluiu. 

Caso Luiz 

O sonho de ter um sorriso perfeito custou a vida de Luiz Carlos das Dores, de 56 anos. O homem, que era funcionário público e pai de quatro filhos, morreu no último dia 18 de agosto, após contrair uma infecção generalizada durante procedimento estético para colocar facetas dentárias com a dentista, em Goiânia.

Para o marido de Luiz, o empresário Benedito Antônio Nascimento, com quem se relacionava há 11 anos, a causa da morte do companheiro ocorreu por negligência da dentista, que cobrou R$ 66 mil para implantar as facetas nos dentes do casal.

Conforme Benedito, a mulher não teria dado importância à doença óssea de Luiz, que sofreu com complicações depois de realizar o procedimento, em maio deste ano. Nesta segunda-feira, 19, Benedito informou que novas vítimas o procuraram para denunciar a dentista.

Procurada, a defesa da dentista informou à reportagem que que não iria se manifestar, já que não havia sido notificada sobre essa segunda acusação

Luiz e Benedito. (Foto: Arquivo pessoal)

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Black Friday 2024: Dicas e precauções para compras seguras e econômicas

A Black Friday, um dos maiores eventos do calendário varejista, ocorrerá no dia 29 de novembro de 2024, mas as promoções já começaram a ser realizadas ao longo do mês. Em Goiânia, um levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) indica que este período deve movimentar R$ 250 milhões, com 64% dos entrevistados planejando aproveitar as ofertas.
 
Para evitar a prática conhecida como metade do dobro, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população, o Procon Goiás realiza um trabalho prévio de monitoramento de preços. A Lei Estadual 19.607/2017 também obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses. De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, “para evitar as falsas promoções, é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços”.
 
Uma dica valiosa é fazer uma lista do que realmente se pretende comprar e estipular um orçamento. Entrar em uma loja ou site durante a Black Friday é um apelo ao consumo, por isso é crucial ter cuidado. Além disso, é permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e online, justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários, que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, e as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor.
 
Durante a Black Friday, o volume de compras feitas pela internet aumenta significativamente. Por isso, é importante ter atenção redobrada. Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo https, que garantem uma conexão segura. Outra orientação é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra.
 
Ao optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ. O Código de Defesa do Consumidor garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras online. No caso de produtos com defeito, estabelece prazos para reclamações: 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço. Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos.

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