Dia da Árvore: Goiânia é a mais arborizada do Brasil, mas verde da cidade corre riscos

Responsáveis por trazer beleza às cidades, as árvores são grandes aliadas da humanidade, principalmente por provisão de oxigênio. Por ser importante à saúde do planeta, e, consequentemente, para o ser humano, esse vegetal – sim, a árvore é um vegetal -, possui um dia próprio, que é comemorado nesta quarta-feira, 21.

O ‘Dia da Árvore’ tem como objetivo principal a conscientização a respeito da preservação desse bem tão valioso, que também é lar de inúmeras espécies de animais.

Para o Gerente de Formulação de Educação, Política e Pesquisas Ambientais da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), Pedro Baima, a arborização urbana é muito importante para a vida na cidade, devido aos serviços ecossistêmicos oferecidos pelas árvores como captação de gás carbônico, oferta de oxigênio e umidade através da transpiração.

“Há ainda o habitat e oferta de alimentos para os animais, infiltração de água por meio das raízes e diminuição da temperatura das vias com suas sombras. As árvores também são importantes para a saúde mental das pessoas que buscam os ambientes arborizados, como os parques naturais, a fim de realizar exercícios físicos ao ar livre, contemplação e relaxamento”, disse.

Capital verde

No Brasil, o município mais arborizado, conforme dados do IBGE, de 2010, é Goiânia. A cidade também é considerada a segunda mais verde do mundo, atrás apenas de Edmonton, no Canadá. Segundo a bióloga da Amma, Wanessa de Castro, o título se deve aos 62 parques existentes na cidade.

Porém, a arborização da capital corre riscos, visto que a população tem apresentado resistência em manter árvores nas calçadas, além do comércio que opta por removê-las para que eles não tapem a faixada dos estabelecimentos. Essa resistência, de acordo com Wanessa, ocorre devido a falta de orientação técnica, sendo que a população pode pedir a remoção das árvores, assim como mudas para novos plantios.

“A Amma possui um departamento de arborização com técnicos que avaliam as condições de saúde das árvores, nas vias públicas e parques. Já nas calçadas é de responsabilidade do proprietário do imóvel a solicitação da avaliação conforme código de posturas do município. Caso a árvore estava com a saúde debilitada, a mesma será removida pela equipe e no lugar será plantada uma nova muda de forma gratuita. O serviço é feito pelo Disque Árvore, por meio do contato: 9639-7495”, concluiu.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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