Enfermeiros e técnicos em enfermagem realizam paralisação nesta quarta-feira, 21. O movimento começou por volta das 8h em frente ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). A ação, que ocorre nacionalmente, é um ato de manifesto contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que barrou a fixação do piso nacional.
Em Goiânia, os protestos contam com apoio do Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (Sieg) e personalidades políticas que defendem os profissionais que seriam beneficiados com o piso salarial de R$ 4.750,00. Isso sem contar os técnicos em enfermagem, que receberiam 70% desse valor e os parteiros, que teriam, pelo menos, 50% desse valor.
Quem parou?
Na rede pública, a paralisação total ocorre apenas para as equipes que trabalham em Policlínicas, ambulatórios, saúde da família e Caps, respeitando a necessidade de atendimentos de emergência.
A atenção Secundária e terciária como Unidades de terapias intensivas (UTI), Cais, Ciams, Upas, Centro Obstétrico, Centro Cirúrgico, Samu e Pronto Socorro, a paralisação é de 50%. Para assim, manter o percentual de atendimento de urgência e emergência.
Já na rede privada, por determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), apenas 20% dos profissionais da enfermagem podem aderir à paralisação. O descumprimento da medida resulta em multa de R$ 1 mil reais.
Desvalorização
Em entrevista ao Diário do Estado na última semana, a presidente do Sieg, Roberta Rios, disse que atualmente, os técnicos de enfermagem trabalham 44 horas semanais, ou seja, de segunda a sexta das 8h às 18h e aos sábados meio período, para ganhar um salário mínimo. Enquanto, os enfermeiros graduados, realizam a mesma carga horária recebendo cerca de R$ 2 mil.
Por isso, segundo Roberta, a categoria está empenhada em lutar pelo retorno do piso. Já que estão “cansados da desvalorização”. Ela também afirma que este é o primeiro passo dos profissionais em busca do reconhecimento. E ressalta que a possibilidade de uma greve não foi descartada.
“A possibilidade de greve existe sim. Até porque o piso é constitucional e a categoria já está cansada de esperar”, conclui Rios.
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