Veja qual é a cidade mais lulista e a mais bolsonarista do Brasil

Poucas palavras marcaram de forma tão recorrente os debates políticos deste ano quanto ‘polarização’. A referência é [quase] sempre em relação à disputa pela presidência da República, entre Lula e Bolsonaro, que aparecem bem à frente da concorrência em todas as pesquisas de intenção de votos para o dia 2 de outubro. Mas, ninguém fala isso tão a sério quanto as populações de Central do Maranhão e Nova Pádua (RS).

Reportagem do G1 indica que a cidade maranhense, de pouco mais de 8,8 mil habitantes, se projetou nacionalmente ao dar a Lula, no segundo turno das eleições de 2006, a maior votação proporcional dele. Na ocasião, o petista recebeu inacreditáveis 97,20% dos votos válidos. A explicação para essa preferência por Lula passa por dois aspectos principais, segundo moradores entrevistados pelo portal.

A primeira é a identificação com a trajetória do petista, sobretudo com o passado como metalúrgico e sindicalista, no ABC paulista. A outra, mais relevante para os eleitores, é a instituição do Bolsa Família, que garantiu melhores condições de sobrevivência aos moradores do município.

O outro lado da moeda, ou no outro extremo do país, está Nova Pádua, pequena cidade de colonização italiana, situada na Serra Gaúcha, e que tem aproximadamente 2,5 mil habitantes. Em 2018, também em segundo turno, a população local destinou 92,96% dos votos válidos ao atual presidente, tornando-se o município mais bolsonarista do país.

Pelos perfis das duas populações, é muito provável que as preferências por Lula, em Central do Maranhão, e de Bolsonaro, em Nova Pádua, sejam mantidas este ano. Ainda que os números tendam a ser menores, principalmente no Sul, onde os moradores admitam decepções, notadamente com a condução do presidente em relação à pandemia de Covid-19.

 

 

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Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

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