Mesmo pagando caro no litro, o consumidor goianiense não está livre de abastecer o veículo com combustíveis adulterados. Para se ter ideia, de janeiro a setembro deste ano, o Programa de Defesa do Consumidor de Goiás (Procon) autuou 115 estabelecimentos, notificando ainda 405 postos. Outros 76 foram advertidos. Ao todo, o órgão já fiscalizou mais de 718 estabelecimentos em 50 cidades.
A fiscalização por parte do Procon ainda segue a todo vapor durante a Operação Pente Fino, deflagrada nesta terça-feira, 20, com o apoio da Polícia Civil (PC). A fiscalização percorreu três postos de combustíveis, sendo que dois acabaram autuados por três crimes: exposição à venda de produtos com o prazo de validade vencido, divergência no percentual proporcional de preços entre o etanol e a gasolina comum e aumento abusivo.
“Somente na semana passada mais de 100 postos foram notificados pelo Procon Goiás. Entre as irregularidades nos postos estão a falta de informação, aumento sem justa causa e produtos vencidos. Durante a fiscalização é feita toda uma análise, onde é constatada uma margem de lucro abusiva por parte do posto. Então esse estabelecimento é autuado pelo Procon”, explicou.
Cartel
A operação desta terça verificou aumento repentino de mais de R$ 0,70 no preço do etanol em um dos estabelecimentos. Em um outro estabelecimento, o aumento foi de mais de R$ 1 no valor do litro da gasolina.
Para o órgão, o aumento repentino e simultâneo no valor dos combustíveis, que vinham em tendência de queda, levanta a suspeita de “formação de cartel.”
“Nossas equipes estão fazendo toda a análise desses documentos. Vamos notificar outros postos para que eles apresentem as notas fiscais, visto que o volume é grande e nem sempre eles disponibilizam no momento da fiscalização. Caso seja comprovado esses abusos, esses postos, com certeza, vão ser autuados”, concluiu.
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