Tiroteio em colégio de Goiânia deixa dois mortos

Mais quatro adolescentes ficaram feridos após garoto abrir fogo em sala

Um adolescente de 14 anos abriu fogo contra colegas de sala que estavam no colégio Goyases, localizado na rua Planalto, Conjunto Riviera, em Goiânia. As informações preliminares passadas pelo Corpo de Bombeiros é que há cinco vítimas: duas pessoas morreram e outras três ficaram feridas.

O tiroteio ocorreu na turma do oitavo ano do colégio por volta das 11h30. A turma estava no intervalo entre a 5° e 6° aula. As informações iniciais são de que um filho de policial militar levou uma pistola para dentro da sala, aproveitou o intervalo e fez os disparos.

O Tenente Coronel Marcelo Granja, assessor de comunicação da Polícia Militar, confirmou que a arma utilizada no crime pertence a PM e era usada pelo pai do atirador, que é major, durante serviço. O policial disse que o garoto não se pronunciou.

“Ele se manteve em silêncio. Não podemos falar oficialmente o que motivou o ocorrido”, informou. “Ele foi contido por pessoas que estavam no local. Provavelmente professores e alunos o seguraram”, completou.

O atirador está apreendido no Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) acompanhado do pai.

Os feridos foram encaminhados para o Hospital de Urgências de Goiás (Hugo) com apoio do helicóptero do Graer, conforme informou o comandante dos Bombeiros, Carlos Júnior.

“A nossa equipe médica fez o atendimento para resgatar as vítimas e também resguardar e preservar o local. Duas vítimas morreram e outras quatro foram transportadas. Quando tivermos maiores informações, vamos divulgá-las”, afirmou

*Atualizada às 14h04

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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