Mulher é presa em Novo Gama com tabela de preços de recompensas para assassinar autoridades

Uma mulher, de 29 anos, apontada como participante de ataques a prédios públicos e privados no Ceará, em janeiro de 2019, foi presa pela Polícia Federal (PF) do Ceará nesta quarta-feira, 21, durante ação conjunta com a Polícia Militar, em Novo Gama, Entorno de Brasília. Nayana Martins, que é natural do Rio de Janeiro, também faz parte da facção Guardiões do Estado (GDE). As investigações revelaram ainda que a jovem tinha uma tabela com preços de recompensa para assassinar autoridades do Ceará.

O mandado de prisão partiu da Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Justiça do Estado do Ceará e resultou na Operação Reino de Aragão, deflagrada em 2019. A ação mirou lideranças da organização criminosa, mas Nayana conseguiu fugir, vindo a ser presa apenas agora, três anos depois da operação. 

“Após compartilhamento de informações, a equipe foi até o endereço onde possivelmente iria encontrar a foragida. No local, após abordagem, nada de ilícito foi encontrado, mas ela acabou presa e encaminhada até o CIOPS de Valparaíso para os procedimentos cabíveis”, explicou o comandante da CPE de Novo Gama, Capitão Anderson Jocas.

Mulher presa participava de facção

Investigações apontam que o grupo ao qual Nayana pertence era responsável por ordenar ataques contra prédios públicos, comerciais e veículos de transporte coletivo. A determinação para a prática dos crimes teria partido de dentro de presídios. Em setembro de 2019, foram registrados cerca de 90 ataques desse tipo no Ceará. À época, mais de 100 pessoas foram presas, acusadas de participar dos atentados.

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ONU: 140 mulheres são vítimas de feminicídio por dia no mundo

Em 2023, 85 mil mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em todo o mundo, sendo que 60% desses homicídios foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. O índice equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias ou uma a cada dez minutos.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 25, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, pela ONU Mulheres e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).

De acordo com o relatório Feminicídios em 2023: Estimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família, o continente africano registrou as maiores taxas de feminicídios relacionados a parceiros íntimos e familiares, seguido pelas Américas e pela Oceania.

Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres assassinadas em ambiente doméstico (64% e 58%, respectivamente) foram vítimas de parceiros íntimos, enquanto, em outras regiões, os principais agressores foram membros da família.

“Mulheres e meninas em todo o mundo continuam a ser afetadas por essa forma extrema de violência baseada no gênero e nenhuma região está excluída”, destacou o relatório.

“Além do assassinato de mulheres e meninas por parceiros íntimos ou outros membros da família, existem outras formas de feminicídio”, alertou a publicação, ao citar que essas demais formas representaram mais 5% de todos os homicídios cometidos contra mulheres em 2023.

“Apesar dos esforços feitos por diversos países para prevenir os feminicídios, eles continuam a registar níveis alarmantemente elevados. São, frequentemente, o culminar de episódios repetidos de violência baseada no gênero, o que significa que são evitáveis por meio de intervenções oportunas e eficazes”, concluiu o documento.

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