A quatro dias das eleições, Lula derrota Bolsonaro em todas as pesquisas

Palácio do Congresso Nacional Eleições

A quatro dias das Eleições 2022, a polarização entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) na disputa pela presidência da República se mostra mais presente do que nunca. De acordo com nove pesquisas diferentes, o petista leva vantagem em relação ao atual presidente, no levantamento de intenções de voto. Além disso, algumas apontam vitória lulista ainda no primeiro turno.

Pesquisas sobre Eleições

A pesquisa com maior diferença entre os dois principais candidatos à presidência nestas Eleições é a Ipec. No mais recente levantamento, com entrevistas entre 25 e 26 de setembro, Lula alcançou 48% das intenções de voto, contra 31% de Bolsonaro. A Datafolha tem situação semelhante, com 47% de Lula e 33% de Bolsonaro. Tais entrevistas tiveram coletas de 20 a 22 de setembro.

Na Genial/Quaest e no Ipespe, Lula possui 46%. No entanto, na primeira pesquisa Bolsonaro surge com 33%, enquanto na segunda ele tem 35%. No BTG/FSB e no PoderData, o cenário é parecido. Lula está com 45% em ambas, mas Bolsonaro soma 35% na primeira e 36% na segunda.

Entre as principais pesquisas das Eleições 2022, aquela em que Lula ficou com a menor porcentagem de intenções de voto é a Paraná Pesquisas. No levantamento em questão, o petista figura com 42,7%, contra 36,4% de Bolsonaro. Vale ressaltar que, no período pré-eleitoral, o Partido Liberal, de Bolsonaro, pagou R$ 2,7 milhões ao Instituto Paraná Pesquisas.

Em contraste, a pesquisa na qual Lula ostentou maior porcentagem foi a Atlas, com 48,3% das intenções de voto; Bolsonaro somou 41%. Por fim, a CNT/MDA colocou Lula com 43,4%, contra 34,8% de Bolsonaro.

Levando em conta os votos válidos, Lula ultrapassa os 50% mais um no Ipec, Datafolha, Genial/Quaest e Ipespe. Nesses panoramas, o petista ganharia as Eleições ainda no primeiro turno. Além disso, ele tem 49,5% das intenções de votos válidos na Atlas. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, existiria a chance de ele vencer sem segundo turno, de acordo com o levantamento em questão.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp