Veja o balanço preliminar do primeiro turno em Goiás, denúncias e números do pleito

Números no primeiro turno

As eleições com maior número de cidadãos aptos a votar tem dados impressionantes sobre o perfil das pessoas e do pleito deste ano. As estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que a disputa acirrada e polarizada tende também a ter a divulgação do resultado dos vencedores nas urnas mais rápida devido ao alinhamento dos locais com fuso horário ao de Brasília.

Até o momento, no primeiro turno, foram registradas 20 ocorrências: 4 casos de compra de votos/corrupção eleitoral, 1 prisão por crime eleitoral, 5 casos de crimes contra candidatos, 1 arma de fogo apreendida, 8 casos de boca de urna e 1 abandono de serviço eleitoral sem justa causa. 

A segurança dos servidores mesários e população está sendo garantida por meio da Polícia Militar, com efetivo de 4.868 homens e 759 viaturas, da Polícia Civil de Goiás que tem 232 viaturas e 590 servidores entre delegados, agentes e escrivães em operação. O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás participa do trabalho com 448 militares e 210 viaturas.

O boletim preliminar do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) deste domingo computou diversas infrações. Foram 35 urnas eletrônicas com problemas e 17 delas precisaram ser substituídas. O e-título, o formato digital do documento, ganhou adesão dos goianos.

Foram 1,228 milhão de downloads do aplicativo. O Pardal, o aplicativo de denúncias de infrações eleitorais e irregularidades para a Justiça Eleitoral e ao Ministério Público verificadas nas campanhas eleitorais em seus municípios pela população, recebeu 908 manifestações no estado.

O Tele-Eleitoral, a central de atendimento ao eleitor do TRE-GO, já realizou 2.263 registros de cidadãos. Por meio do telefone 148, as pessoas podem verificar a situação atual do título, ou seja, se consta alguma pendência, multa, se está cancelado ou ativo, além de tirar dúvidas sobre prazos, legislação eleitoral e consultar pesquisas sobre o pleito eleitoral para os cidadãos.

Censo eleitoral

São 4.870.354 eleitores no Brasil, sendo 52,52% mulheres e 47,48% homens (1.109 eleitores se apresentarão com nome social). A maior parte deles formada por 4.511.130 têm biometria cadastrada, o que corresponde a 92,6%. Apenas 899.691 do total é de idosos.

A presença de votantes com deficiência chega a 24.519  pessoas, sendo 8.793 eleitores com deficiência física, 4.892 com deficiência visual, 2.694 com deficiência auditiva, 1.341 precisam de assistência para votar e 10.638 apresentam outras deficiências.

Em Goiás, há 92 zonas em 246 municípios somando 2.443 locais de votação que totalizam 14.620 seções eleitorais. O dia da votação recebeu 58.480 mesários para este primeiro turno.

A Justiça Eleitoral já requisitou escolas e creches onde serão montadas as seções, sendo 355 locais de votação em Goiânia para contemplar 1.032.004 eleitores que elegerão presidente da República, governador, senador e deputados estaduais e federais.

 

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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