Em Goiás, apenas uma deputada se elegeu por votos próprios nas eleições 2022

Em Goiás, apenas uma deputada se elegeu por votos próprios nas Eleições 2022

Levando em conta os 41 deputados estaduais e os 17 deputados federais eleitos por Goiás neste ano, apenas Silvye Alves (União Brasil) se elegeu por votos próprios. Todos os demais ganhadores dos dois cargos conseguiram os mandatos com base no quociente partidário e na média.

O quociente eleitoral dos deputados federais

Para que um deputado federal ou estadual se eleja somente contando com os próprios votos, ele precisa atingir ou superar o quociente eleitoral. Esse número é variável, pois trata-se da divisão entre a quantidade de votos válidos para o cargo e a quantidade de cadeiras disponíveis. Em Goiás, no caso, são 17 vagas para federal e 41 para estadual.

Nas Eleições 2022, foram 3.440.515 votos válidos para deputado federal em Goiás, desconsiderando brancos e nulos. Portanto, fazendo a divisão com a quantidade de cadeiras, seriam necessários pelo menos 202.383 votos para o candidato se eleger somente com os próprios esforços. Foi o caso de Silvye Alves, a mais nova deputada federal que contou com 254.653 votos.

O segundo maior angariador de votos em Goiás, Gustavo Gayer (PL), chegou perto de bater o quociente eleitoral ao acumular 200.586 votos. Porém, não foi o suficiente. Assim, ele precisou se eleger pelo quociente partidário, ou seja, número de votos do partido ou federação dividido pelo quociente eleitoral.

Nesse sistema, se por exemplo um partido acumular 500 mil votos em um quociente eleitoral de 202.383 votos, ele teria direito a duas cadeiras. Isso porque o resultado da divisão é 2,47, mas o resultado depois da vírgula é desprezado. Desta forma, os dois mais votados desse partido em questão seriam eleitos, contanto que tenham conquistado pelo menos 10% de votos do quociente eleitoral.

Esse é o motivo que explica a vitória de Lêda Borges (PSDB), que teve 51.346 votos em Goiás, sendo que Márcio Corrêa (MDB) acabou entrando apenas como suplente, mesmo conseguindo 59.829 votos. O mesmo vale para Lucas Vergílio (Solidariedade), que obteve 76.283 votos e sequer ficou entre os suplentes, pois seu partido não apresentou representatividade suficiente no quociente partidário.

Os deputados estaduais em Goiás

Já no cenário de deputados estaduais em Goiás, foram 3.354.173 votos válidos. Então, eram necessários 81.809 votos para se eleger diretamente. Ninguém alcançou essa meta, sendo que Bruno Peixoto (União Brasil) foi quem teve mais votos, com um total de 73.692.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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