Dia Mundial da Saúde Mental: Exercícios simples podem melhorar qualidade de vida

Nesta segunda-feira, 10, é celebrado o Dia Mundial da Saúde Mental, que tem como objetivo, promover a educação e conscientização sobre o tema. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um bilhão de pessoas no planeta vivem com algum tipo de transtorno mental e outras três milhões morrem todos os anos devido ao uso nocivo do álcool, considerado um refúgio para as que possuem algum tipo de transtorno mental. A cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio.

Para a doutora e pesquisadora em psicologia, Juliana Hanuum, a sociedade vive contextos de crises, principalmente, após a pandemia. Além disso, diariamente, nos deparamos com ‘excessos’ como: excesso de produção, de tela e de estresse.

O estresse, inclusive, pode estar ligado ao ritmo intenso de trabalho. O excesso de demandas, grande volume de cobranças, desgaste físico e mental, envolvimento emocional e outras questões acabam causando diversos transtornos de ordem psicológica. Dessa forma, é muito comum resultar em estresse, ansiedade e depressão, sem falar na já conhecida ‘Síndrome de Burnout’.

“Os maus hábitos alimentares também podem influenciar na saúde mental, assim como a falta de sono que leva ao descanso. O excesso de bebidas alcoólicas, além do uso de cigarros como o viper, muito usado por jovens, também estão associados a uma saúde mental ruim”, explicou Juliana.

Saúde mental e surtos 

Ainda de acordo com a especialista, pessoas que possuem patologias (como a psicose) e que são expostas a um ambiente insalubre, têm grandes chances de ‘surtarem’, assim como tem acontecido nas grandes capitais, inclusive, em Goiânia

“Com hábitos diários que já levem ao bem estar, a população pode manter uma boa saúde mental. As pessoas podem, por exemplo, fazer uma atividade física, caminhada no parque e meditação antes de dormir. Além disso, o indivíduo também pode assistir algo que traga satisfação. São práticas diárias e que podem ser praticadas de 15 a 20 minutos”, concluiu.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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