Goiás é o quarto estado com mais casos de varíola dos macacos; infecções chegam a 500 

Quase dois meses após o primeiro registro de varíola dos macacos, Goiás bate a marca de 503 casos da doença. O número apresentado no boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) desta quinta-feira, 06,  coloca o estado como o quarto no ranking nacional de confirmações da doença. Em primeiro lugar está  Minas Gerais, seguido do Rio de Janeiro e de São Paulo.

A maioria dos goianos com a chamada monkeypox são homens (485) e os casos se concentram na capital (359). Somente 18 mulheres apresentaram a doença. O levantamento constatou que a idade das pessoas diagnosticadas é de 0 a 64 anos. De acordo com a SES-GO, não há morte em decorrência da varíola dos macacos no estado.

O cenário epidemiológico para a varíola dos macacos é de estabilização em Goiás, mas os casos da doenças chegam a 25% das infecções suspeitas. A estatística foi constatada após o início das realização dos exames pelo Laboratório Central de Goiás (Lacen-GO) em 11 de setembro. Em pouco menos de um mês, o local avaliou 562 amostras. Desse total, 140 confirmaram a monkeypox, 400 tiveram laudo negativo e 22 ficaram inconclusivas.

“Esse índice é menor que o esperado. Chegamos a ter registros de 70% de casos positivos. Não podemos falar em estimativa de queda, mas em tendência. Acreditamos que é de estabilização e que pode baixar”, esclarece a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim.

O laboratório realiza os testes por demanda, sem limite por dia. É feito por meio da coleta de amostra das lesões na pele característica da varíola dos macacos. De acordo com Flúvia, o aparecimento das feridas não tem um padrão, mas costumam surgir em até três dias seguido de febre. O resultado do exame é liberado em até 72 horas.

A principal forma de proteção é evitar contato direto com pessoas contaminadas pelo contato pele/pele, pessoal, ou obviamente através do contato com objetos pessoais de um paciente que está infectado com a varíola dos macacos. A doença é causada por um vírus que causa sintomas com duração entre duas e quatro semanas.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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