No primeiro turno, Goiás teve 21,72% de abstenção, número superior à média nacional

cabina de votação Eleições Goiás

O estado de Goiás registrou 21,72% de abstenção no primeiro turno das eleições 2022. No total, 4.870.354 estavam aptos a votar, o que significa que cerca de 1.057.840 goianos não foram às urnas em 2 de outubro. Os números proporcionais são superiores à média nacional, de 20,9% de abstenção.

Abstenção em Goiás e no Brasil

De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Goiás teve comparecimento de 78,28%, abstenção de 21,72%, 2,17% votos em branco e 1,27% votos nulos, totalizando 3.681.469 votos válidos. Além disso, um total de 1.228.000 pessoas do estado baixaram o e-Título para votar ou justificar a ausência às urnas.

No Brasil como um todo, 32,76 milhões de brasileiros aptos a votar não compareceram às urnas, o equivalente a 20,9%. Os números no País são maiores em relação às Eleições 2018, quando houve índice de 20,3%. Mesmo assim, as Eleições 2022 ainda não bateram as de 1998, quando 21,5% do eleitorado não votou.

Neste ano, Goiás foi um dos estados com maior taxa de abstenção. Somente Rondônia (24,64%), Mato Grosso (23,37%), Rio de Janeiro (22,73%), Acre (22,35%), Alagoas (22,29%), Minas Gerais (22,23%), Mato Grosso do Sul (22,09%) e Maranhão (21,91%) tiveram números maiores. Por outro lado, o estado com menor taxa de abstenção foi a Paraíba (17,29%).

Outras informações no estado

Em Goiás, o teleatendimento eleitoral recebeu 11.415 ligações, sendo local de votação, agregação e transferência temporária de seções os assuntos mais demandados. A Central de Libras, canal de comunicação para eleitores surdos ou com deficiência auditiva, registrou quatro atendimentos realizados via chamada de vídeo e 58 via mensagem de texto.

Até o dia 02 de outubro, foram contabilizadas 1.098 denúncias pelo Pardal, aplicativo de irregularidades eleitorais.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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