Em 20 anos, área de desmatamento em Goiás chega a 43 vezes o território da capital

Em 20 anos, área de desmatamento em Goiás chega a 43 vezes o território da capital

Um estudo inédito publicado pelo IBGE aponta que área de desmatamento em Goiás corresponde a 31.168 quilômetros quadrados, o equivalente a 43 vezes o território de Goiânia. Os números são assustadores, mas a perda de cobertura vegetal teria ocorrido dentro dos parâmetros legais para dar espaço ao crescimento da agropecuária. Ainda assim, Goiás ficou na quarta colocação no ranking nacional contabilização entre 2000 e 2020.

O avanço das atividades do campo se deu em maior parte no cerrado para o desenvolvimento da agricultura (21.375 quilômetros quadrados) seguido da pecuária (17.976 quilômetros quadrados). Embora o desmatamento permaneça ao longo do tempo, o ritmo diminuiu comparado ao início do acompanhamento dos dados, tendo chegado a 700 quilômetros quadrados mais recentemente em Goiás, segundo o Podes Cerrado, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A explicação para menos impacto ambiental seria o melhor manejo das pastagens e aumento da produtividade das lavouras goianas. O IBGE publicou em setembro dados consolidados de 2021 que demonstram que o crescimento do valor da produção agrícola goiana foi recorde no ano passado, em relação a 2020: 73,3%. O porcentual é o maior já registrado em Goiás desde o lançamento do Plano Real, em meados dos anos 1990.

De acordo com o IBGE, o valor da produção agrícola estadual atingiu R$ 62,8 bilhões – em 2020, foi de R$ 36,2 bilhões. Um dos fatores que contribuíram para o bom desempenho foi a ampliação da área plantada de todas as culturas em 6%, totalizando 7,4 milhões de hectares. O levantamento mostra que Rio Verde, Cristalina e Piracanjuba foram os maiores produtores de sorgo, tomate e girassol, respectivamente, do País. O Estado também dominou os rankings de maiores produtores municipais de sorgo e girassol. 

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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