Uma semana após o registro de incêndio florestal na Chapada dos Veadeiros, a vegetação voltou a sofrer com as chamas nesta quarta-feira, 12. O Corpo de Bombeiros está neste instante combatendo focos na Área de Preservação Ambiental (APA) Pouso Alto, no nordeste goiano. O local de difícil acesso e a extensão da linha do fogo dificultam as ações das equipes que atuam em três frentes.
A população e as casas na região foram ameaçadas pelo incêndio mais recente registrado em na noite de 3 de outubro. A maioria dos focos ocorreu fora de áreas como o Morro da Baleia e no Jardim de Maytrea, em Alto Paraíso. Ao todo, havia seis centros de fogo com quatro causados por raios e dois de origem desconhecida. Os militares e voluntários levaram alguns dias para controlar as chamas.
Estudos mostram que apenas 1% dos incêndios tem causa natural ou raio, sendo 99% de origem humana. No incêndio anterior ao da semana passada, no fim de agosto, 125 hectares foram destruídos. O fogo ainda é recorrente, mas bem menos do que em 2019.
Goiás teve menos áreas florestais de parques de conservação queimadas neste ano. Os números apontam que a redução de incêndios chegou a 80%, caindo de 24.409 hectares para 4.670 hectares, de acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). O resultado positivo está relacionado ao emprego de tecnologia e de ações estratégicas de prevenção.
A realização de aceiros, aumento da equipe de brigadistas de incêndio e campanhas publicitárias na TV, rádios e outdoors ajudaram a chegar ao atual balanço. As medidas adotadas foram embasadas na previsão acertada de seca extrema para este ano feita pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). O prognóstico permitiu que o governador Ronaldo Caiado assinasse um decreto de situação de emergência ambiental no Estado por 120 dias, a partir de agosto.
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