Vídeo: Vítima de estelionatária conta como arquitetou plano para ajudar polícia a prender foragida, em Aparecida de Goiânia

Depois de sete meses foragidos, um dos proprietários da empresa El Shaday Turismo, sediada em Goiânia, mas com atuação em todo o país, foi presa nesta quinta-feira, 13, após o repórter do Jornal Diário do Estado passar informações à Polícia Civil (PC) sobre o encontro de uma das vítimas com Angélica Barbosa Lopes dos Santos, de 33 anos, uma das responsáveis por vender passagens e viagens aéreas fraudulentas há pelo menos 60 pessoas em todo país e no exterior. Os prejuízos passam de R$ 500 mil.

Desde a última sexta-feira, 7, o repórter vinha mantendo contato com as vítimas e a PC, informando, inclusive, sobre um encontro que ocorreria em Brasília entre a foragida e uma das vítimas. Angélica teria voltado a oferecer passagens e viagens pelo mesmo contato da empresa, que antes estava fora de serviço. Nesta quarta-feira, 12, o repórter foi novamente informado por uma das vítimas sobre um novo encontro, desta vez, em frente a loja C&A, no Buriti Shopping, em Aparecida de Goiânia. 

Ao tomar conhecimento do caso, o repórter informou novamente a corporação que conseguiu efetuar a prisão da foragida, horas depois do aviso. Agora, a PC busca pelo marido de Angélica, Johnathan Oliveira Santos, 29 anos, que também está foragido. 

Prisão da estelionatária 

Com exclusividade, o DE conversou com a enfermeira Angélica Soares Teixeira, responsável por atrair a golpista ao shopping, com a promessa de que iria lhe passar uma quantia em dinheiro. Ela fala que ficou aflita e que por muitas vezes a mulher pediu para que ela realizasse o pagamento por meio do PIX, mas que concordou em marcar um encontro presencial por estar ‘desesperada por dinheiro’.

“Foi cena de filme. Fiquei sabendo por meio de uma amiga, que a Angélica estava vendendo passagens novamente. Pensei, agora que vamos pegar ela. Então fizemos a estratégia de pagar a passagem com dinheiro em mãos. Marcamos com ela em um shopping e então foi feita a prisão. Quando ela entrou, os policiais fecharam as portas e a abordaram. O marido dela estava juntos, mas conseguiu fugir”, explicou.

Enfermeira conta que ficou satisfeita com a prisão. (Foto: Arquivo pessoal)

Golpe

Os golpes variavam entre os valores de R$ 4 a R$ 15 mil, tudo de acordo com o destino escolhido pelo cliente. As vítimas começaram a procurar a polícia civil a partir de 2019. A enfermeira, inclusive, foi uma das vítimas do casal, tendo sido lesada após comprar uma viagem. Porém, ao se dar conta que caiu em um golpe, a vítima conta que tentou procurar Angélica, mas sem sucesso. 

“Estou muito orgulhosa de mim. O que ela fez eu passar com os meus filhos. Dei a chance para ela devolver o dinheiro, chorei. Ela estava o tempo todo falando que ia dar certo. Fiquei com o meu coração na mão. Graças a Deus conseguimos prender ela, jogamos a isca e ela pegou. Achei que ela não ia, pois ela foi. Até agora estou sem acreditar que ela caiu”, concluiu.

Marido de Angélica ainda continua foragido. (Foto: Divulgação/PC)

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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