Em nova pesquisa Atlas, Lula aparece com 52,4% dos votos válidos, e Bolsonaro tem 47,6%

Instituto Paraná Pesquisas mostra equilíbrio entre Lula e Bolsonaro

Uma nova pesquisa sobre a corrida pela presidencia eleitoral, divulgada nesta quinta-feira, 13, pela Atlas, traz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 52,4% dos votos válidos no segundo turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 47,6%. A votação está marcada para o dia 30 de outubro.

Os votos válidos, que excluem os votos em branco e nulos, determinam o resultado das eleições. A pesquisa entrevistou 4.500 pessoas via online entre 8 e 12 de outubro. A margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-06012/2022.

Em relação aos votos totais, Lula tem 51,1% dos votos, contra 46,5% de Bolsonaro. A parcela da população que não sabe, ou que vota nulo e branco soma 2,4%. Pesquisas eleitorais mostram uma tendência e, não necessariamente, correspondem ao resultado das urnas.

Pesquisa

O instituto Quaest também divulgou nesta quinta, uma pesquisa para o segundo turno das eleições presidenciais. A sondagem, feita com entrevistas presenciais e contratada pela Genial Investimentos, aponta o ex-presidente Lula na liderança, com 49% das intenções de voto no cenário estimulado, quando os eleitores recebem uma lista com os nomes dos candidatos. Já Bolsonaro somou 41%.

No levantamento anterior de segundo turno feito pela Quaest e divulgado no último dia 6, Lula tinha 48%, portanto ele oscilou um ponto para cima na margem de erro; Bolsonaro manteve 41%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A opção branco, nulo ou não vai votar foi escolhida por 6% dos entrevistados; 4% responderam que não sabem. Em votos válidos, quando são excluídos brancos e nulos, Lula aparece com 54%, e Bolsonaro tem 46%. Nesse critério, os dois estão com o mesmo percentual do levantamento anterior, de 6 de outubro.

O instituto também instituiu um novo modelo, chamado likely voter (eleitor provável), que identifica os eleitores com maior probabilidade de ir votar em 30 de outubro, levando em conta dados como o interesse pela eleição e o comportamento anterior do eleitor. Nesse cenário, considerando apenas votos válidos, Lula tem 53%, e Bolsonaro, 47%.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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