Reajuste supera dobro da inflação e escolas apostam em descontos para manter alunos

Educação é prioridade, mas muitos pais estão abrindo mão da qualidade do serviço oferecido na rede particular devido ao peso no orçamento. A pandemia obrigou muitas famílias a optarem pela rede pública com o desemprego e queda na renda mensal. Quem insiste nas escolas particulares precisa desembolsar cada vez mais. Em 2023, o índice de reajuste deverá ser maior que o dobro da inflação, que é de  8,73%.

Os descontos têm sido uma das estratégias adotadas pelas instituições para não perder alunos. Muitas delas oferecem 5% de abatimento sobre o valor integral, em caso de pagamento dentro do prazo, enquanto outros reduzem a mensalidade para irmãos, sendo o montante para cada um deles ou para o mais novo, dependendo do estabelecimento. O preço da mensalidade varia conforme o público, o que está relacionado à localização e etapa da educação básica. 

Um levantamento feito pela reportagem do Diário do Estado apurou que a mesma série tem valores bem diferentes. Em uma escola do setor Jaó, em Goiânia, a mensalidade saltou de R$ 1687, 00 para R$ 1.913, 06, um reajuste de 13,4%. Um colégio no bairro Vila Nova cobra pelo mesmo serviço R$ 992,00 neste ano e, a partir do ano que vem, será R$ 1179,00 – aumento de 18,8%. 

Uma das escolas mais conceituadas e caras de Goiânia, por outro lado, informou que o reajuste pode chegar a 20% e há data limite para renovação da matrícula já que é longa a fila de espera de novatos. Por lá, o custo mensal para o Ensino Fundamental II passa de R$ 1.800, 00 para R$ 2.100,00.

O acréscimo deve ser vinculado a uma planilha de custos justificando os acréscimos para o ano seguinte. A legislação utiliza a inflação como referência para as alterações. A tabela de com salários de funcionários, impostos, inflação, custeio do espaço físico da instituição e estrutura funcional, investimentos e inadimplência pode ser solicitada pelos pais ou responsáveis. 

“Um reajuste bem acima da inflação sem a devida justificativa pode ser considerado abusivo. Neste caso, os pais podem acionar os canais de atendimento do Procon para ajudar a analisar a planilha. Nosso objetivo é auxiliar tanto os pais quanto as escolas, buscando orientá-los e também evitar possíveis problemas que possam surgir”, destaca o superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael.

Segundo ele, a planilha deve ser compartilhada pelo menos 45 dias antes do início das aulas do primeiro semestre do próximo ano. Após um processo administrativo, a punição para as escolas que não conseguirem comprovar os custos embutidos na mensalidade reajustada é multa de R$ 754 a R$ 11 milhões, de acordo com o faturamento da instituição. O Procon Goiás divulgará uma pesquisa de preços até o início de dezembro. 

Pressão

A migração de estudantes da rede privada para pública de ensino não se restringe a motivos financeiros. Algumas instituições não conseguiram sobreviver aos quase dois anos de portas fechadas por causa da pandemia de coronavírus. A redução da oferta, que chegou à perda de um terço das matrículas em todo o país, conforme um relatório produzido pela consultoria de gestão escolar do o Grupo Rabbit, pressiona as escolas municipais estaduais. 

Embora não seja possível segmentar se os estudantes vieram de colégios particulares, a chegada de novos alunos na educação pública de Goiânia nos últimos anos aumentou comparando os dados anteriores ao da pandemia: em 2019 foram feitas 104.688 matrículas, em 2020 chegou a 107.650 e em 2021 totalizou 108.672.

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Natal do Bem amplia acesso com nova entrada pela BR-153

O acesso via BR-153 é novidade na edição do Natal do Bem 2024, em Goiânia. Este ano, o evento conta com seis áreas de estacionamento, sendo duas próximo à rodovia federal. Ao todo, são 12 mil vagas rotativas e gratuitas disponíveis para os visitantes.

Para chegar ao Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) pela BR-153, é necessário seguir pela marginal no primeiro ponto de acesso – próximo à Universidade Paulista (Unip), virar à direita na Rua Recife/Araxá, fazer o retorno, virar à direita na Alameda Barbacena e, por fim, virar à esquerda na Rua 106.

Para quem preferir outro percurso, pode fazer o trajeto pela GO-020, virar à direita na Avenida Doutor José Hermano e seguir até os pontos de estacionamentos próximos ao CCON. Há equipes técnicas em todos os locais para orientar os visitantes.

Em todos os acessos (vias BR-153 e GO-020), há também pontos de embarque e desembarque para usuários de transporte por aplicativos.

Para os usuários do transporte coletivo, o Natal do Bem conta, este ano, com duas linhas exclusivas e gratuitas: uma com ponto de embarque e desembarque no Deck Sul 1 do Flamboyant Shopping, e outra com ponto em frente ao Museu Zoroastro, na Praça Cívica.

As linhas funcionam de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas. A Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) também opera duas linhas regulares que atendem o itinerário até o local do evento: a 990, com parada no Terminal Praça da Bíblia, e a 991, no Terminal Isidória.

O Natal do Bem é uma iniciativa do governo estadual, por meio do Goiás Social e Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), e conta com entrada, estacionamentos e mais de 300 atrações culturais gratuitas.

O complexo natalino possui mais de 30 mil metros quadrados, quase três milhões de pontos de luz e uma Árvore de Natal de 40 metros de altura. A expectativa é que 1,5 milhão de pessoas visitem o evento, que segue até 5 de janeiro, de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas.

O evento conta com os patrocínios da Saneago, Flamboyant Shopping, Flamboyant Urbanismo, O Boticário, Sicoob, Sistema OCB, Equatorial e Mobi Transporte.

Mapa dos acessos ao Natal do Bem:

 

 

 

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