Ministério Público determina investigação sobre sonegação fiscal de distribuidoras de gás

No mesmo dia em que o Diário da Estado publicou reportagem denunciando sonegação de impostos por distribuidoras de gás em Goiás, o Ministério Público Estadual requisitou a instauração de inquérito policial para investigar a fraude. Além disso, uma fiscalização deverá ser realizada pela Secretaria de Economia (SE).

O promotor Fernando Krebs assinou o documento e reforçou se tratar de “grave denúncia”. Segundo ele, a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT) tem dez dias úteis para começar a apuração. O prazo é o mesmo para a SE se manifestar sobre quando começará a visitar os estabelecimentos.

Cerca de R$ 5 milhões mensais estariam deixando de ser arrecadados em tributos, de acordo com o presidente Sindicato das Empresas de Gás do Centro-Oeste (Sinergás),  Zenildo Vale. Ele afirma que está se reunindo com atacadistas para esclarecer sobre a importância de emitir a nota, inclusive porque muitos estariam usando cupons fiscais para “fechar caixa”

“São 1,5 mil depósitos vendendo pelo Simples Nacional sem nota. O imposto é federal, mas uma parte é repassada para o estado e município. Um cara que vende dois mil botijões por mês paga R$ 2,50 de imposto em cada um, quanto não deixa de passar? É muito dinheiro que deixa de ser arrecadado. É um produto que gira rápido e é caro”, detalha.

Zenildo afirma que notificou todos os 3 mil depósitos de gás em Goiás para atenderem a legislação. Ele também teria enviados áudios e ainda gravou um vídeo sobre o assunto em setembro deste ano. Metade dos estabelecimentos estariam comercializando o produto sem emitir a nota fiscal.

O documento protege o revendedor e o consumidor. A garantia em caso de problemas e troca do botijão é feita mediante o documento. Por outro lado, se o comprador agir de má-fé a ausência de comprovação da venda exime o empresário de restituição. Legalmente, a pena para a sonegação fiscal corresponde a multa de até dez vezes o valor da nota e pode haver prisão, em caso de reincidência.

Atualmente, o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) é composto pelo valor pago pelas distribuidoras para a Petrobras quando o combustível sai da refinaria (R$ 54,94), montante para distribuição e revenda (R$ 43,03) e ICMS (R$ 14,73), de acordo com o site da empresa.

 

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Produção de arroz em Goiás deve crescer 19,6% na safra 2024/25

A produção de arroz em Goiás, na safra 2024/2025, deverá chegar a 155,6 mil toneladas do grão, conforme revela a edição de dezembro do boletim Agro em Dados, da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-GO).

A estimativa é de que o cultivo do cereal cresça 19,6% em relação à safra anterior, alcançando o recorde da série histórica da produção goiana, de forma que o estado mantenha a sexta posição no ranking nacional.

“Essas previsões, bem como o desempenho alcançado na última safra, demonstram que estamos explorando cada vez mais satisfatoriamente nosso potencial para o cultivo do arroz”, afirma o titular da Seapa, Pedro Leonardo Rezende.

Segundo ele, esse cenário é positivo não apenas no âmbito econômico, mas também no que diz respeito à segurança nutricional, uma vez que o arroz é um item essencial para a conquista da soberania alimentar em Goiás e no Brasil.

Quanto ao valor bruto de produção (VBP) do arroz em Goiás em 2024, a expectativa é de um aumento de 31,1% em relação ao ano anterior, chegando a R$ 263,3 milhões. No ranking estadual, Flores de Goiás, São João d’Aliança e São Miguel do Araguaia compõem o pódio dos destaques municipais na produção de arroz do último ano.

Essas e outras informações a respeito do cultivo e da comercialização do arroz em Goiás estão reunidas na última edição do Agro em Dados.

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