O chão de uma casa cedeu e os moradores encontraram água com temperatura chegando até 100° C em Feira de Santana, na Bahia. Não é a primeira vez que a situação ocorre na residência. Desde 2019, a prefeitura municipal acompanha a situação. Todas as moradias da região de Lagoa do Prato Raso foram construídas há cerca de 30 anos sobre uma Área de Proteção Permanente (APP). O local corre risco de explodir.
O problema foi identificado pela moradora Roseane Conceição quando o chão começou a ficar muito quente. Incomodada, ela quebrou o piso para abrir um buraco na entrada da casa e encontrou água fervendo, o que só ocorre quando a temperatura atinge pelo menos 100ºC.
“Moramos eu, meu filho e minha mãe de 80 anos. Não sabemos o que fazer”, declarou desesperada a mulher.
A explicação para a água quente que vem do solo é a grande quantidade de um tipo de vegetação aquática chamada macrófita. A situação poderia ser evitada se a flora tivesse sido removida. Com o tempo, um processo químico ocasionou fermentação e a produção dos gases metano e carbônico, que geram calor.
“A gente precisa desapropriar este imóvel, para que a gente contrate uma universidade em expertise nesse assunto para remover o imóvel e verificar a causa desse problema”, explicou odiretor de planejamento da Secretaria de Meio Ambiente, João Dias.
Equipes da Defesa Civil, da Secretaria do Meio Ambiente de Feira de Santana e da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) avaliam os riscos e sugeriram as pessoas que saiam de casa. Existe risco de explosão já que os gases estão “confinados” e se expandem.
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