Vídeo: Buraco em chão de casa tem água com temperatura de 100ºC; local pode explodir

O chão de uma casa cedeu e os moradores encontraram água com temperatura chegando até 100° C em Feira de Santana, na Bahia. Não é a primeira vez que a situação ocorre na residência. Desde 2019, a prefeitura municipal acompanha a situação. Todas as moradias da região de Lagoa do Prato Raso foram construídas há cerca de 30 anos sobre uma Área de Proteção Permanente (APP). O local corre risco de explodir.

O problema foi identificado pela moradora Roseane Conceição quando o chão começou a  ficar muito quente. Incomodada, ela quebrou o piso para abrir um buraco na entrada da casa e encontrou água fervendo, o que só ocorre quando a temperatura atinge pelo menos 100ºC. 

“Moramos eu, meu filho e minha mãe de 80 anos. Não sabemos o que fazer”, declarou desesperada a mulher.

A explicação para a água quente que vem do solo é a grande quantidade de um tipo de vegetação aquática chamada macrófita. A situação poderia ser evitada se a flora tivesse sido removida. Com o tempo, um processo químico ocasionou fermentação e a produção dos gases metano e carbônico, que geram calor.

“A gente precisa desapropriar este imóvel, para que a gente contrate uma universidade em expertise nesse assunto para remover o imóvel e verificar a causa desse problema”, explicou odiretor de planejamento da Secretaria de Meio Ambiente, João Dias.

Equipes da Defesa Civil, da Secretaria do Meio Ambiente de Feira de Santana e da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) avaliam os riscos e sugeriram as pessoas que saiam de casa. Existe risco de explosão já que os gases estão “confinados” e se expandem.

Assista ao vídeo:

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp