TJ cede prédios à Prefeitura de Goiânia e ao Governo de Goiás

Em uma solenidade no 10º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, hoje pela manhã, o governador Marconi Perillo (PSDB), o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), e o presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), desembargador Gilberto Marques Filho, formalizaram a cessão, pelo TJ-GO, de quatro prédios, que não estavam sendo mais utilizados pela Justiça como juizados, no Jardim Guanabara, em Goiânia, para a Prefeitura e o Governo do Estado.

Dois prédios foram repassados à Prefeitura de Goiânia e dois ao Governo de Goiás, para serem utilizados pela Polícia Civil. O Delegado-Geral da Polícia Civil, Álvaro Cássio, informou que eles abrigarão o 10º Distrito Policial e uma Delegacia Especializada, ainda a definir. O prefeito Iris não definiu ainda como os prédios serão usados por sua administração. Ele fez questão de enfatizar o republicanismo do momento, em que há uma união de esforços de três esferas administrativas com a finalidade de se ajudarem mutuamente, encontrando soluções simples, que atendem com precisão o interesse público. “Disso aqui fica um grande sentimento cívico e do interesse público, onde há o entendimento para as coisas caminharem a bom termo”, observou.

No mesmo tom, o governador Marconi se disse muito feliz, porque neste quarto governo percebe o nível de maturidade das instituições goianas “como nunca se viu”. Para ele, há uma convergência e uma sinergia entre as esferas dos poderes e instituições. Elogiou o desprendimento e o espírito público do desembargador Gilberto Marques, ao capitanear essa parceria, e também do prefeito Iris que prontamente aceitou os termos do acordo.

Marconi não poupou elogios ao que considerou “comprometimento de Iris Rezende com o trabalho e com a população que representa”, e disse que teve muitos embates políticos com o prefeito, mas sempre foi tratado com muita educação e respeito. “O prefeito Iris tem mostrado que acima dos interesses políticos está o interesse público” e que a demonstração de maturidade dos envolvidos no acordo de cessão dos prédios constitui um somatório de ações que só vai fazer bem a Goiás. Teceu, também, elogios ao trabalho do desembargador Gilberto Marques, como “um verdadeiro homem de Estado e de um comprometimento público invejável”.

Gilberto Marques disse que optou por ceder os prédios pelo sentimento de responsabilidade de gestão que sempre o acompanhou. “Essa parceria é muito importante. Lá atrás, quando o Tribunal precisou, a Prefeitura de Goiânia cedeu o terreno para a construção dos prédios e agora, para gerar economia e em prol da boa gestão, estamos retribuindo”, assinalou. Para ele, o gestor tem de atentar para utilizar bem os recursos de todas as naturezas e que, acima de tudo, têm de priorizar as boas parcerias.

A solenidade contou também com a participação do vice-governador José Eliton, do secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Ricardo Balestreri, do Procurador Geral do Estado, Alexandre Tocantins, de secretários da prefeitura e do Governo, deputados, vereadores de Goiânia, vários delegados e policiais civis.

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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