Mais de 70% dos acidentes ocorridos este ano em Goiás são com motociclistas

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De acordo com dados do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás (CBM-GO), houve registro de 24.320 acidentes apenas neste ano. Destes, 17.096 envolveram motociclistas, o equivalente a 70,29% do total. Dentro desse contexto de acidentes com motos, os mais comuns são aqueles que também envolvem carros.

“Muitos condutores utilizam a motocicleta de forma inadequada, não respeitam as regras e a sinalização. Por exemplo, trafegam pelos corredores, fazem manobras arriscadas. Além disso, por ser um veículo de duas rodas, a pessoa está totalmente vulnerável. Qualquer impacto mais violento pode provocar uma fratura ou a morte”, explicou a delegada titular da Delegacia de Crimes de Trânsito (DICT), Maíra Lídia.

Acidentes de trânsito em Goiás

No ano passado, o Corpo de Bombeiros registrou 28.093 acidentes de trânsito em solo goiano. Isso significa que a média mensal de ocorrências foi de 2.341. Em 2022, a média mensal atual é de 2.432. Portanto, se os números não abaixarem até o final do ano, Goiás terá mais acidentes do que em 2021.

Os motociclistas são os que mais fazem parte dessas estatísticas. Entre os 17.096 acidentes com tais veículos, 9.593 (56,11%) foram provenientes de colisões com carros, e 5.914 (39,59%) foram por quedas das próprias motos. Ainda, 1.394 (8,15%) tiveram outras motos envolvidas no acidente, 420 (2,45%) foram com objetos fixos, 339 (1,98%) com veículos de grande porte e 336 (1,96%) com animais.

“O acidente não é uma fatalidade, é um desrespeito no trânsito por parte de algum condutor. Se eles respeitassem essas regras, os acidentes seriam praticamente nulos. Houve um aumento de acidentes com pessoas que se quer possuem CNH. Uma pessoa que não tem habilitação é ignorante, não conhece as regras. Vimos também um aumento muito grande de motociclistas que simplesmente se chocam contra portes, carros parados e até muros. A situação está piorando cada dia mais”, concluiu Maíra.

Outros casos 

No entanto, esses não são os únicos tipos de acidentes de trânsito com registro em Goiás neste ano. Atropelamentos, por exemplo, tiveram 1.416 ocorrências. Choques entre carros, por outro lado, foram 1.189 de um total de 24.320. Além disso, houve centenas de capotamentos, quase mil quedas de bicicletas, um acidente entre embarcações e outro de natureza aeronáutica.

 

*Com colaboração do repórter Luiz Felipe

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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