Quase metade dos brasileiros duvida das declarações de Bolsonaro, aponta pesquisa DataFolha

Quase metade dos brasileiros duvida das declarações de Bolsonaro, aponta pesquisa DataFolha

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 27, aponta que 46% dos brasileiros não têm confiança nas falas do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). O levantamento da DataFolha aponta que somente 26% acredita plenamente do candidato à reeleição. Na semana passada, os percentuais eram 47% e 25%, respectivamente, enquanto a categoria “às vezes” tinha 25%.

Por outro lado, a rejeição permanece em alta. Os índices contabilizados mostram que 50% dos eleitores nunca votariam em Bolsonaro. O adversário Lula (PT) não é escolha em nenhuma circunstância para 45% dos entrevistados. Ao todo, o instituto entrevistou 4.582 pessoas em 252 municípios brasileiros – o Brasil tem 5.570 cidades.

Se as eleições fossem hoje, a vitória seria do petista com 49% no segundo turno, contra 44% do atual presidente. A intenção de votos e a confiança foram apontadas em pesquisa divulgada hoje após coleta de informações realizadas entre terça-feira, 25, e quinta-feira, 27. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Lula é preferido entre mulheres, jovens, eleitores menos escolarizados, pessoas com renda de até dois salários mínimos, católicos, pretos e nordestinos. Já Bolsonaro lidera entre os mais ricos, moradores do Sul e Centro-Oeste do País e evangélicos. Os dois candidatos empatam na escolha de homens, adultos de 25 a 34 anos, pessoas com média escolaridade e nas regiões Sudeste e Norte do Brasil.

Nas eleições do primeiro turno, Bolsonaro (PL) teve 52,16% dos votos válidos contra 39,51% de Lula (PT) em Goiás. A maioria dos votos das cidades com relevância econômica no estado e as quatro com maior número de eleitores desse grupo em Goiás (Caldas Novas, Jataí, Rio Verde e Luziânia) preferiram o atual presidente. No entanto, a diferença nas urnas entre os dois candidatos foi inferior a mil votos em 13 dos 29 municípios em que o filiado ao PL venceu.

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STJ mantém prisão de biomédica após morte de paciente durante procedimento estético em Goiânia

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a prisão preventiva da biomédica Quesia Rodrigues Biangulo Lima, detida em flagrante após a morte de uma paciente durante um procedimento estético em uma clínica localizada no Parque Lozandes, em Goiânia.

A defesa da biomédica argumentou que a prisão foi decretada com base apenas no relato dos policiais sobre o uso de produtos inadequados, sem a realização de perícia técnica. Os advogados sugeriram a adoção de medidas cautelares como alternativa à prisão.

No entanto, o ministro Herman Benjamin ressaltou que a análise do mérito do habeas corpus ainda será realizada pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Enquanto isso, a prisão será mantida devido aos indícios de irregularidades e aos potenciais riscos à sociedade.

Detalhes sobre o caso

A paciente, uma mulher de 44 anos, sofreu uma reação alérgica grave após a aplicação de hialuronidase, substância utilizada para dissolver preenchimentos de ácido hialurônico. Ela teve uma parada cardíaca e faleceu durante o procedimento.

Após o incidente, a clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária, que identificou irregularidades como produtos vencidos e condições inadequadas de higiene. A biomédica foi presa em flagrante, e sua custódia foi convertida em prisão preventiva pelo TJGO.

Dois inquéritos estão em andamento: um investiga as circunstâncias da morte da paciente, enquanto o outro apura as condições sanitárias e as práticas na clínica. Quesia responde por suspeita de exercício ilegal da medicina e uso de produtos impróprios para consumo.

A data para a análise do mérito do habeas corpus pelo TJGO ainda não foi definida.

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