Membros de House of Cards acusam Kevin Spacey de abuso sexual

MRC, produtora “House of Cards’ junto à Netflix, emitiu um comunicado, admitindo que já haviam recebido uma denúncia desse tipo ainda em 2012

Após os atores Anthony Rapp e Roberto Cavazos, e o cineasta Tony Montana, outros membros da equipe da série House of Cards afirmaram que foram assediados pelo ator Kevin Spacey, astro da programação e estrela de vários filmes.
Segundo reportagem da CNN, um ex-assistente de produção afirmou que foi abusado sexualmente quando ele foi havia sido designado a levar Spacey de carro para o set de filmagens. Segundo ele, o ator colocou as mãos em sua calça do rapaz, que ficou sem acreditar no que estava acontecendo. “Ele era um homem em uma posição muito poderosa na série e eu era alguém muito baixo na hierarquia de lá“.

Ainda segundo o relato, assim que eles chegaram no set, Kevin o encurralou e fez um contato ‘inapropriado’ com ele. “Eu disse a ele: ‘Não acho que eu esteja bem com isso, acho que não estou confortável com isso‘.O rapaz disse que o astro ficou “visivelmente nervoso”, fugiu do set e não voltou mais durante o dia.

O abuso relatado teria ocorrido meses após o assistente de produção queixar-se a um supervisor de que Spacey estava o assediando sexualmente. A solução do supervisor teria sido nunca deixar o assistente de produção sozinho com o Spacey enquanto estavam no set. “Não tenho dúvidas de que esse tipo de comportamento predatório era rotineiro para ele e que minha experiência era uma das muitas e que Kevin tinha poucas dúvidas sobre a exploração de seu status e posição”.

O homem ainda disse que o local era um ambiente perigoso para homens jovens “que tinham que interagir com ele”. Outros 7 membros da equipe confirmaram que também foram alvo dos abusos de Kevin.

A MRC, produtora “House of Cards’ junto à Netflix, emitiu um comunicado, admitindo que já haviam recebido uma denúncia desse tipo ainda em 2012.

Confira:

“Estamos profundamente preocupados com essas novas alegações que estão sendo feitas à imprensa sobre a interação de Kevin Spacey com membros da equipe de House of Cards. Como produtora da série, criar e manter um ambiente de trabalho seguro para o nosso elenco e a equipe sempre foi nossa principal prioridade. Reforçamos consistentemente a importância de os funcionários reportarem qualquer incidente sem medo de retaliação e investigamos e tomamos as ações apropriadas diante de qualquer queixa. Por exemplo, durante o nosso primeiro ano de produção em 2012, alguém da tripulação compartilhou uma queixa sobre uma observação e um gesto específicos feitos por Kevin Spacey. Foi realizada uma ação imediata após a nossa revisão da situação e estamos confiantes de que o problema foi resolvido prontamente para o bem-estar de todos os envolvidos“, declarou a empresa.

O serviço de streaming também comentou sobre o caso de 2012: “A Netflix foi informada de um incidente, há cinco anos, que foi resolvido rapidamente. Na terça-feira, em colaboração com a MRC, suspendemos a produção. A Netflix não está ciente de outros incidentes envolvendo Kevin Spacey no set. Continuamos a colaborar com a MRC e outras produções parceiras para manter um ambiente de trabalho seguro e respeitoso”.

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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