Goiás registra uma denúncia de assédio eleitoral por dia, segundo dados do MPT estadual

Coagir alguém a  votar em determinado candidato é crime, mas muitas patrões tentaram obrigar funcionários a escolherem nomes específicos nas urnas sob ameaça de demissão. Um levantamento do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) registrou uma média de quase uma denúncia de assédio eleitoral por dia nos últimos dois meses. Foram 60 reclamações entre 1º de setembro e 27 de outubro. Somente parte dos registros (25%) se tornou  um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que é o reconhecimento e correção do erro e correção. 

Os números assustam as autoridades e organizações relacionados a assuntos eleitorais. A polarização tem desencadeado agressões, violência e disseminação de fake news. De acordo com o NetLab da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – grupo interdisciplinar de análise de redes aplicada a diferentes tema -, o índice de notícias falsas aumentou 253% entre o primeiro e segundo turnos das eleições deste ano

O MPT-GO tenta solucionar a questão primeiramente com o pedido de afixação de cartazes e publicação em aplicativos de mensagens informando os trabalhadores sobre o direito a sigilo do voto, compromisso com a democracia e retratação. Casos graves se tornam TAC que, se não cumpridas as determinações, se tornam uma ação civil pública. As denúncias de assédio eleitoral podem ser informadas por meio do site da Justiça Eleitoral, do site do Ministério Público do Trabalho e do  aplicativo Pardal. As penas são de multa e prisão de até seis anos.

Há pouco mais de duas semanas, o ex-prefeito de Porangatu e também empresário de loja de material para construção de Porangatu. A decisão foi áudios de Whatsapp em que ele orienta empresários a pressionar os colaboradores e afirmou ainda que não faz compras de fornecedores petistas. 

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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