Balanço: manhã de votação tem registro de crimes eleitorais em oito cidades de Goiás

A ocorrência de crimes nas eleições na manhã deste domingo de votações, 30, chegou a oito e a quantidade de denúncias registradas no aplicativo Pardal, da Justiça Eleitoral, foi de 458. Os números fazem parte do balanço parcial e parte deles se tornou Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), aplicado quando a infração é de menor potencial ofensivo e a pena máxima é de dois anos, cumulada ou não com multa.

Os problemas ocorreram por violação do sigilo do voto com fotos em cabines de votação e desordem e desobediência às instruções e ordens da Justiça Eleitoral. Os registros ocorreram em Goiânia, Abadia de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Cidade Ocidental, Gameleira, Goianésia, Inhumas e Padre Bernardo. 

De acordo com o boletim do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), houve problemas com 44 urnas eletrônicas e 31 delas precisaram ser substituídas. O tele-eleitoral, que presta informações sobre local de votação, agregação e transferência temporária de seções, título eleitoral e justificativa de ausência no segundo turno, fez 775 atendimentos. O aplicativo e-Título, a versão digital do título de eleitor, teve 1.290.611 downloads pelos eleitores goianos.

As primeiras horas foram marcadas por filas pequenas ou nenhuma espera para a escolha do próximo presidente da República nas seções eleitorais. A tranquilidade pode ser observada em três grandes locais de votação da capital que aguardam 21 mil eleitores localizados nas escolas Externato São José, Lyceu de Goiânia e campus I da PUC Goiás. O mesmo ocorre no campus da PUC Goiás no setor Universitário que deve receber 9 mil eleitores.

Estatísticas

Em Goiás, há 4.870.354 cidadãos aptos a escolher os candidatos a mandatos eletivos. Somente na capital há 355  seções que contemplam 1.032.004 de eleitores. A votação ocorrerá entre 8h e 17h e depende de apresentação de um documento oficial com foto é obrigatória, assim como o título de eleitor na versão impressa ou tradicional. O transporte público coletivo será liberado durante todo o dia para facilitar a locomoção das pessoas até os locais de votação, o que deve reduzir a abstenção comparada ao primeiro turno no estado.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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