Rodoviária de Goiânia tem dezenas de viagens canceladas e ônibus presos em bloqueios bolsonaristas

As manifestações que se estendem por todo o país, inclusive em Goiás, começaram a impactar o ramo de transportes terrestres. Isso porque, além de lidar com a falta de combustíveis, os ônibus que realizam o transporte de passageiros estão sendo impedidos de concluir o trajeto durante os bloqueios. Para se ter uma ideia, apenas uma empresa que atua na Rodoviária de Goiânia cancelou 38 viagens nesta terça-feira, 1º.

A tendência, inclusive, é que mais viagens sejam canceladas, caso as manifestações se estendem. Ao DE, a rodoviária informou que optou por suspender os trajetos, após um dos veículos ficar preso nos bloqueios desta terça.

“Não tem como sair. Está ficando parado na estrada. Os ônibus não estão conseguindo chegar ou sair da rodoviária. É liberar e ficar preso na estrada, sem água, sem nada. Está bem complicado”, explicou a assessoria do terminal.

Prejuízo

Até o momento, de acordo com o terminal rodoviário, não foi possível contabilizar o prejuízo provocado pela manifestação dos apoiadores de Bolsonaro (PL), tão pouco o número de passageiros que foram prejudicados por terem as viagens canceladas. 

Porém, a administração já trabalha com um levantamento para contabilizar os prejuízos, além de também trabalhar para compensar e remarcar as viagens dos passageiros que precisaram ser canceladas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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