Mesmo operação policial, 27 trechos das rodovias goianas continuam bloqueados

O número de vias federais e estaduais bloqueadas por manifestantes se manteve em 27, mesmo após discurso de Bolsonaro (PL) e início da operação das forças de segurança pública do estado para liberar as pistas, na da tarde desta terça-feira, 1º.

Todos os pontos de bloqueio contam com agentes das forças de segurança pública, que tentam negociar e/ou desobstruir os manifestantes para que as rodovias que foram interditadas com o auxílio de veículos, pneus queimados e até terra, sejam liberadas. Até o momento, 15 bloqueios foram desfeitos. 

Operação em trechos bloqueados

Um dos trechos liberados foi a BR-O60, em Anápolis. A Tropa de Choque da Polícia Militar de Goiás (PMGO) usou bombas de gás para dispersar os manifestantes que estavam no local. A ação foi realizada no início da tarde desta terça, após o início da operação para desfazer as manifestações que estão impedindo o tráfego de veículos no estado.

A desarticulação dos protestos, que oscilam entre pontos de ocupação e/ou interdição, atende a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, que foi encaminhada à Procuradoria Geral do Estado de Goiás (PGE-GO).

Trechos bloqueados:

  • Mineiros: BR-364, km 295 – interdição parcial;
  • Catalão: BR-050, km 282 – interdição parcial;
  • Rosário: BR-020, km 252: interditada, com liberação em negociação;
  • Rio Verde: BR-060, km 381 – bloqueio parcial;
  • Cristalina: BR-040, km 94 – interdição parcial, polícia em negociação para liberação;
  • Jataí: BR-364, km 196 – interdição parcial;
  • Bonfinópolis: GO-010, km 28 – interdição parcial;
  • Nazário: GO-060, km 62 – interdição parcial;
  • São Luís de Montes Belos: GO-060, km 121 – interdição parcial;
  • Itapirapuã: GO-070, km 187 – interdição parcial;
  • Nerópolis: GO-080, km 25 – interdição parcial;
  • Nerópolis: GO-222, km 45 – total;
  • Quirinópolis: GO-164, km 138 – interdição parcial;
  • Quirinópolis: GO-164, km 140 – interdição parcial;
  • Quirinópolis: GO-206, km 146 – interdição parcial;
  • Quirinópolis: GO-206, km 136 – interdição parcial;
  • Santa Helena de Goiás: GO-164, km 230 – interdição total;
  • São João da Paraúna: GO-164, km 351 – interdição parcial;
  • Chapadão do Céu: GO-206, km 429 – interdição parcial;
  • Caçu: GO-206, km 10 – interdição parcial;
  • Anicuns: GO-326, km 23 – interdição parcial;
  • São Miguel do Araguaia: GO-164, km 816: interdição parcial;
  • São Simão: BR-364, km 3 – interdição parcial;
  • Piranhas: BR-174, km 472 – interdição total;
  • Abadia de Goiás: BR-060, km 175 – interdição total;
  • Mozarlandia: GO-164, km 646 – interdição parcial;
  • Montes Claros: GO-174, km 472 – interdição parcial.

Locais desbloqueados:

  • Caiapônia: BR-158, km 158;
  • Luziânia: BR-040, km 24 – houve interdição parcial, mas já foi liberada;
  • Luziânia: BR-040, km 19 – interdição liberada;
  • Águas Lindas de Goiás: BR-070, km 1 – houve bloqueio total, mas foi liberado;
  • Inhumas: GO-070, km 34 – houve interdição parcial, mas foi liberado;
  • Goianésia: GO-080, km 162 – houve interdição parcial, mas foi liberado;
  • Anápolis: BR-060, km 102 – houve interdição total, mas foi liberado;
  • Pires do Rio: GO-330, km 134;
  • São João D’ Aliança: GO-118, km 45;
  • Quirinópolis: GO-319, km 1 – houve interdição parcial, mas foi liberado;
  • Santa Helena de Goiás: GO-164, km 226 – houve interdição parcial, mas foi liberado;
  • Santa Helena de Goiás: GO-325, km 80 – houve interdição parcial, mas foi liberado;
  • Montividiu: GO-174, km 282 – houve interdição parcial, mas foi liberado;
  • Cidade de Goiás: GO-070, km 130 – houve interdição parcial, mas foi liberado;
  • Orizona: GO-333, km 184;
  • Formosa: BR-020, km 1 – interdição parcial, polícia em negociação para liberação.

Prejuízos

As interdições nas rodovias começaram ainda na noite deste domingo, 30, após o resultado das eleições. Para os manifestantes, houve falha nas urnas, sendo que eles também perdem intervenção federal e militar.

Devido à situação, pessoas perderam voos, viagens de ônibus, tiveram problemas para chegar a consultas médicas e tiveram até que caminhar por mais de 10 km pela rodovia por não conseguirem chegar ao trabalho de ônibus.

Além disso, houve comércios e até postos de combustível em vários municípios que registraram desabastecimento por conta dos bloqueios.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos