Traficantes misturam drogas para aumentar quantidade e potencializar efeitos: ‘Ameaça à saúde e à segurança pública’

A mistura de componentes químicos em drogas ‘comuns’ como o LSD, ecstasy e até a cocaína vem se tornando uma ameaça à saúde e à segurança pública no estado. A prática, realizada por traficantes a fim de aumentar a quantidade de produtos e, consequentemente, os lucros, tem se tornando comum, conforme o delegado do Grupo de Repressão a Narcóticos (Genarc), Rony Loureiro. 

O investigador diz que ao misturar produtos como solventes, os criminosos não só aumentam a quantidade da droga, como também o potencial do entorpecente de causar problemas nocivos ao organismo humano. Os ‘produtos’ são manipulados geralmente em laboratórios clandestinos e passam por um processo de incremento de outras substâncias ou medicamentos.

“Toda droga sofre processo químico no preparo até chegar ao usuário final. Ela, geralmente, chega de outros países pura e então vai sofrendo processos para aumentar o volume. Isso não potencializa o efeito da droga, mas degrada ainda mais o organismo do usuário de drogas. Isso porque eles colocam produtos químicos dos mais variados tipos”, explicou.

Tráfico de drogas

Os principais ‘clientes’ destes criminosos são jovens e adultos, que costumam ter acesso fácil e barato a esses entorpecentes. Além de caracterizar um crime de tráfico ou posse de drogas, o desconhecimento sobre as verdadeiras substâncias inseridas naquela na droga consumida pode levar a um fim trágico, como a morte e a dependência química.

“Os efeitos da droga são perturbadores. Além disso, são comprovados os efeitos no sistema nervoso central, assim como casos de taquicardia, AVC, hipertensão e até o aumento do risco de infarto. Há efeitos sociais também, como na família. As pessoas não tem mais vontade de estudar, trabalhar e progredir. É uma busca incessante de encontrar um prazer temporário, de fuga, que a droga dá. Esse vício vem destruindo famílias”, concluiu.

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Homem que tentou sequestrar criança passou a noite em rave, diz amigo

Um incidente chocante ocorreu na zona norte de São Paulo, onde um homem tentou sequestrar uma criança de 3 anos. De acordo com relatos, o suspeito passou a noite anterior em uma rave, um detalhe revelado por um amigo que testemunhou e impediu o sequestro.

“Esse rapaz colaborou bastante. Eles estavam juntos, saíram de uma balada rave, [ficaram] a noite inteira, saíram pela manhã. Ele evitou o crime maior. A Polícia Civil o trata como testemunha”, revelou o delegado Luiz Eduardo, do 40º DP (Vila Santa Maria).

Imagens de câmeras de segurança mostram que, no dia do incidente, a criança estava passeando de mãos dadas com a babá em uma calçada, quando foi perseguida pelo suspeito. O homem esticou a mão para a criança, que se afastada assustada.

A babá, então, pega o garotinho no colo e volta a caminhar em direção aposta ao suspeito, que os persegue mais uma vez. Nesse momento, o suspeito puxa a mulher pelos cabelos e a joga em um gramado.

Em seguida, o homem dá um chute na mulher e pega o menino no colo. Ele, então, caminha em direção à avenida, quando surge o amigo dele e impede a ação. A babá consegue recuperar o garoto, que está chorando.

O amigo da vítima chegou a ser preso no dia do crime, mas foi liberado após prestar depoimento. Ele informou não saber o motivo do amigo em cometer o crime. Já o suspeito permaneceu em silêncio e disse não ter explicação para o ato que cometeu.

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