Saiba como foi a manhã de julgamento do Caso Valério Luiz nesta segunda, 7

Caso Valério Luiz réus novembro 2022

Na manhã desta segunda-feira, 7, o julgamento do Caso Valério Luiz estava marcado para começar às 8h30. A sessão teve início às 9h15, no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). Ainda, chegou a sofrer uma interrupção de mais de uma hora, enquanto o júri aguardava a chegada de três testemunhas.

A manhã do julgamento do Caso Valério Luiz

Quatro dos cinco réus estão presentes no julgamento desta segunda-feira, no TJ-GO. Somente Marcus Vinícius Pereira Xavier acompanha a sessão virtualmente, por estar atualmente em Portugal.

Com isso, Maurício Sampaio, Urbano de Carvalho Malta, Ademá Figueiredo Aguiar Filho e Djalma Gomes da Silva estão na parte de acusados na sessão do Caso Valério Luiz.

O juiz Lourival Machado sorteou as sete pessoas que vão compor o corpo de jurados; a defesa dos réus recusou dois deles. Em seguida, os jurados fizeram uma pausa para lanchar, retornando depois ao plenário a fim de dar sequência ao julgamento.

No entanto, houve uma nova pausa de mais de uma hora, porque o júri estava aguardando a chegada de três testemunhas. Uma delas, que não quis se identificar, prestou o primeiro depoimento por uma hora antes de nova interrupção para o almoço. A sessão continuará às 13h30.

Relembre o caso Valério Luiz

O jornalista Valério Luiz foi morto a tiros, aos 49 anos, no dia 12 de julho de 2012. Isso aconteceu no momento em que ele saía da Rádio Bandeirantes 820 AM, onde trabalhava, no Setor Serrinha. O inquérito policial encontrou elementos suficientes para colocar os suspeitos de matar o jornalista na posição de indiciados.

Ao todo, o processo tem cinco reús: Maurício Sampaio, acusado de ter encomendado a morte de Valério Luiz; Urbano Carvalho, que trabalhava para Maurício e supostamente contratou o policial que teria executado Valério; Djalma Gomes, PM que, segundo a acusação, trabalhava como segurança de Maurício e recebia favores por isso.

Além deles, respondem também o açougueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria colaborado com o planejamento do crime; e Ademá Figueiredo, PM acusado de fazer os disparos que mataram o jornalista.

A sessão já foi adiada quatro vezes. A última aconteceu em junho, quando um integrante do Conselho de Sentença abandonou hotel sem autorização, ferindo o princípio da incomunicabilidade do júri popular.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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