Um grupo que teria patrocinado manifestações com bloqueio de rodovias, em Jataí, começou a ser investigado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por supostamente ter praticado atos antidemocráticos na cidade.
De acordo com os promotores de Justiça Fabrício Lamas Borges da Silva, João Bife Júnior e Lucas Otaviano da Silva, desde o resultado das eleições, essas ações extrapolaram o direito de liberdade de expressão e de reunião, tendo em vista que os manifestantes bloquearam rodovia que liga Jataí a Brasília, demandaram publicamente e expressamente a extinção do direito de voto e do Estado Democrático de Direito.
Conforme verificado pelos promotores, os investigados seriam donos de empresas e determinaram a suspensão de suas atividades, impondo aos seus empregados a participação em tais movimentos. Esses atos antidemocráticos, conforme os promotores, também se verificaram por meio de expressões hostis e desabonadoras em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A investigação do MPGO tem por objetivo apurar a ocorrência de dano moral coletivo, tendo em vista a ocorrência de suposta lesão na esfera moral da comunidade, além de coibir novas manifestações que extrapolem os limites constitucionais para o exercício de direitos fundamentais. Caso sejam condenados, os suspeitos podem pegar uma pena de até oito anos de prisão.