Lei do capacete limpo entra em vigor

Projeto foi aprovado em 2016 e aguardava regulamentação da prefeitura

Entrou em vigor a “Lei do Capacete Limpo”, que obriga mototaxistas a manter os capacetes periodicamente higienizados. O texto do projeto também obriga motoristas do serviço a desinfetar viseiras e boqueiras no momento de embarque do passageiro.

Com reclamações de passageiros do serviço de mototáxi a respeito da limpeza dos capacetes, o vereador Felisberto Tavares (PR) comentou que “muitos usuários estavam deixando de utilizar o serviço de moto táxi em virtude da falta de limpeza do acessório de segurança”.

O parlamentar afirmou que a proposta foi elaborada com o conhecimento de profissionais do ramo, com objetivo de melhorar a qualidade do serviço, que já é regulamentado. “Uma das coisas que vai atrair o cliente é quando ele tiver certeza que não vai contrair uma doença quando utilizar um capacete” completou o vereador.

Projeto

Felisberto Tavares destacou que o projeto de lei foi elaborado juntamente ao Sindicato dos Mototaxistas e da Vigilância Sanitária, e de especialistas da saúde para que se verificasse uma medida com objetivo de assegurar a saúde dos usuários do serviço. “Com a higienização constante é possível dar segurança àqueles que querem fazer o uso do transporte com mototáxis”, concluiu o parlamentar.

A limpeza periódica do equipamento deve ser comprovada, o que consta na legislação. “O texto da lei traz em seu teor que deve ser colocado no equipamento um selo da empresa que realizou a higienização ”, aponta o vereador. Caso não conste o selo e seja identificado algum dano à saúde do passageiro, Felisberto pontua que o mototaxista corre o risco de ser acionado judicialmente por ter permitido o ocorrido.

Decreto

A lei foi aprovada ainda no ano passado, mas apenas agora deve valer a pena via decreto do prefeito Iris Rezende. “Esse projeto foi apresentado e aprovado ainda na gestão anterior, mas existe um prazo para que ele seja encaminhado até o prefeito”, constatou Felisberto Tavares. O vereador ressaltou que o início de vigor da lei depende da sanção do executivo municipal e poderia ter sido adiantado caso houvesse reivindicação popular.

Gustavo Motta

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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