Novembro Laranja alerta para zumbidos, que afetam 14% da população adulta

Novembro Laranja alerta para zumbidos no ouvido, que afetam 14% da população adulta mundial

O Novembro Laranja é o mês de conscientização sobre a importância da saúde dos ouvidos. Um dos grandes problemas, afetando 28 milhões de brasileiros e outros 684 milhões ao redor do mundo, é a presença de zumbidos. A condição atinge 14% da população adulta mundial, de acordo com a revista médica Jama Neurology e a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A luta contra os zumbidos

Adriana Pereira Miguel
Adriana Pereira Miguel (Foto: Divulgação)

A otorrinolaringologista Adriana Pereira Miguel, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica que o zumbido é um barulho que apenas a pessoa escuta, pois não existe no meio externo. “Para tratar o zumbido a gente precisa saber a causa, então pode ser medicamentoso, cirúrgico, pode ser o uso de um aparelho auditivo e existem também as terapias auditivas para zumbido, com gerador de ruídos para poder minimizar e pra poder até curar em alguns casos”, afirma.

Segundo ela, os zumbidos podem ter mais de 250 causas. “Pode ser um problema no canal auditivo, na membrana timpânica, problema de audição. Pode ser algo na cabeça, pois está tudo certo dentro do ouvido, mas no sistema nervoso central a informação não está chegando direito. Também pode ser um problema de circulação e alguns medicamentos podem causar isso também”, diz.

Os zumbidos podem ser escutados pelo paciente de várias formas, como se fosse uma batida de asas de borboleta, uma cigarra, uma abelha, uma cachoeira, chuva, chuvisco, batida de coração, panela de pressão. Ainda, o zumbido pode ser de várias intensidades e frequências.

Por tudo isso, a otorrinolaringologista ressalta a importância do Novembro Laranja. “É necessário mostrar para as pessoas que elas não estão sozinhas, que existem outras com zumbido”, conclui.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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