Vídeo: Em Nova Iorque, bolsonaristas protestam contra ministros do STF

Uma aglomeração de bolsonaristas passou todo o domingo, 13, na porta de um hotel em Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde estão reunidos seis ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante um passeio pela Times Square, Luís Roberto Barroso foi perseguido por uma apoiadora de Jair Bolsonaro.

Inicialmente, ela se surpreende com a presença do ministro no local. A bolsonarista pergunta como ele está. “Muito  bem, senhora. Muito feliz pelo Brasil”, diz, aparentemente incomodado e andando para finalizar o encontro. Irritada, a bolsonarista sugere que o resultado das eleições presidenciais será revertido.

“Ah, mas nós vamos ganhar essa luta hein? Nós vamos ganhar essa luta! O senhor está entendendo que a gente vai ganhar essa luta, tá bom? Cuidado, hein? O povo brasileiro é maior que o Supremo, braço forte? Você não vai ganhar o nosso país”, grita. Barroso segue rumo a uma loja e entra, quando a mulher diz em volta alta que ele está fugindo. O ministro encerra o episódio pedindo “não seja grosseira, senhora!”. 

Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski foram agredidos verbalmente quando saíram do hotel e tiveram que receber escolta de segurança. Moraes foi um dos principais alvos da fúria dos bolsonaristas. O grupo acredita que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atrapalhou a eleição de Jair Bolsonaro. “Ei, Xandão, seu lugar é na prisão”, esbravejaram. 

Os organizadores do Lide Brazil Conference acionaram a polícia de Nova Iorque, que deslocou duas viaturas para monitorar o local. Os ministros estão no Estados Unidos para participarem do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), do ex-governador de São Paulo, João Dória. Nas redes sociais, os manifestantes conclamam um grande ato nesta terça-feira, 15, feriado de Proclamação da República do Brasil.

Em Nova Iorque, bolsonaristas protestam contra ministros do STF:

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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