O diretor-geral da PRF, inspetor Silvinei Vasques, pode ser afastado do cargo por 90 dias. O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) à Justiça Federal nesta terça-feira, 15. Durante a campanha presidencial, ele se envolveu em polêmicas ao pedir votos a Jair Bolsonaro em sua rede social e a descumprir uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A instituição considera que o comportamento de Vasques não foi compatível com a função porque usou indevidamente o cargo. A atitude foi considerada “ “passível de valoração jurídica quanto à legitimidade, moralidade administrativa e licitude em relação às normas de natureza eleitoral.”
A informação foi divulgada pelo UOL Notícias. De acordo com a publicação, a ação de improbidade administrativa foi assinada pelo procurador Eduardo Santos de Oliveira Benones. Ele entendeu que se a conduta configura desvio de finalidade.
Por outro lado, a inércia de Silvinei em atender a decisão judicial que impedia operações da PRF relacionadas ao transporte de eleitores no domingo de eleições está sendo investigada pela Polícia Federal. Na ocasião foi autorizada apenas a atuação somente em caso de compra de votos.
Nas horas seguintes ao resultado das eleições presidenciais em segundo turno, a PRF voltou a ser acusada de omissão por motivos políticos. Ao todo, 271 rodovias foram bloqueadas e a instituição não cumpriu nova ordem do ministro Alexandre de Moraes para desobstrução das pistas.