Vídeo: Caminhoneiros ameaçam greve geral nesta sexta-feira, 18

Caminhoneiros de todo o Brasil ameaçam greve geral nesta sexta-feira, 18

Nesta sexta-feira, 18, surgiu uma nova promessa de paralisação. Um dia depois da determinação de Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), de bloqueio das contas bancárias de 43 empresários que apoiaram atos antidemocráticos, caminhoneiros ameaçam uma greve geral neste final de semana.

Ameaça de greve geral

Desde que Jair Bolsonaro (PL) perdeu as eleições para presidente da República, sendo derrotado por Lula (PT), apareceram diversos protestos pelo Brasil. Os principais deles foram bloqueios de estradas por parte de caminhoneiros e manifestantes. Tais atos antidemocráticos, que questionavam a lisura das urnas, diminuíram. No entanto, uma possível greve pode reacendê-los.

No Mato Grosso do Sul, caminhoneiros já fizeram a convocação para a realização de uma greve geral em todo o País, como resposta a Alexandre de Moraes. Um dos motoristas, inclusive, destaca que “supremo é o povo”, em referência clara ao STF.

Em outros pontos do Brasil, manifestações estão surgindo, como no interior de São Paulo. No entanto, as postagens de vídeos a respeito dos supostos protestos vêm de contas de procedência duvidosa no Twitter. Até o momento, nenhuma instituição oficial se manifestou sobre o assunto.

Imagem que aponta os possíveis motivos para a greve. (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Confira o vídeo de caminhoneiros ameaçando paralisação no Mato Grosso do Sul:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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