Câncer em crianças tem cura de 80%, mas exige acompanhamento durante toda a vida

O diagnóstico de câncer é desafiador, mas em crianças o susto costuma ser maior. Nos pequenos, a leucemia e o câncer de cérebro são os mais frequentes entre os  cerca de 8,5 mil novos casos registrados por ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Embora com tratamento similar, os cuidados médicos são diferenciados para a faixa etária.

 

A identificação da doença em uma criança está entre os maiores problemas enfrentados pelas famílias e equipe médica. A maioria dos sintomas são inespecíficos, que podem ser confundidos com quaisquer outras enfermidades. Para a suspeita, a persistência de febre, mal-estar, palidez, dor de cabeça, anemia, vômito e sangramentos costumam ser os gatilhos.

 

Segundo a oncologista pediatra do Araújo Jorge, Carolina Iracema, a reação esperada pelo organismo para a presença de alguns microorganismos sugerem que a criança está com câncer. Ela cita como exemplo a dificuldade da recuperação de plaquetas em uma semana, que poderia inicialmente ser apenas dengue e pode ser leucemia. Outro sinal de atenção são caroços em crescimento pelo corpo. 

 

“O tratamento é diferente do adulto, mas também tem radioterapia, quimioterapia e cirurgia. As doses, no entanto, são completamente diferentes porque na criança são maiores comparada a dos adultos. Elas têm o corpo mais forte e toleram doses mais altas A chance de cura do câncer na infância é de até 80% devido à biologia do tumor, que responde melhor às inervenções”, detalha.

 

A especialista afirma que os pequenos devem ser acompanhados por um médico até o fim da vida. A recidiva é possível, mas costuma ser pouco frequente. A recomendação ocorre pelo fato de a doença e o tratamento afetarem o desenvolvimento dos órgãos. “Após três ou cinco anos do tratamento, a chance de o câncer voltar é pequena. No Araújo Jorge, sugerimos dez anos ou até completar 18 anos, o que for mais longo. Pode haver atraso importante nos órgãos e só conseguimos detectar isso cinco ou dez anos depois, precisamos avaliar se a criança está crescendo normalmente, esclarece.

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Minha Casa Minha Vida beneficia cidades com até 50 mil pessoas

O governo divulgou hoje, 22, as propostas selecionadas para a construção de moradias em áreas urbanas pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV), em cidades de até 50 mil habitantes. A lista com as propostas selecionadas foi publicada pelo Ministério das Cidades, no Diário Oficial da União.

Trata-se da primeira seleção do MCMV com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social com este perfil (FNHIS sub-50). Serão 37.295 unidades habitacionais, em 1.164 cidades, de 26 estados.

A expectativa é que cerca de 150 mil pessoas sejam beneficiadas com “moradia digna para famílias de baixa renda, residentes nos pequenos municípios brasileiros”, informou o ministério. O investimento, segundo a pasta, será de R$ 4,85 bilhões.

“O foco são municípios com população inferior ou igual a 50 mil habitantes. As moradias atendem famílias com renda bruta mensal na Faixa Urbano 1 do MCMV, correspondente a até R$ 2.850, admitindo-se o atendimento de renda enquadrada na Faixa Urbano 2 (até R$ 4.700)”, detalhou o ministério.

Entre os critérios adotados para a seleção dos projetos está o de priorizar propostas que melhor atendam à demanda habitacional e observem “requisitos técnicos de desenvolvimento urbano, econômico, social e cultural, sustentabilidade, redução de vulnerabilidades e prevenção de riscos de desastres e à elevação dos padrões de habitabilidade, de segurança socioambiental e de qualidade de vida da população que será beneficiada”.

Com a divulgação das propostas selecionadas, estados e municípios terão de incluir, até 10 de dezembro, a proposta selecionada na plataforma Transferegov, programa nº 5600020240048, de forma a viabilizar a contratação pela Caixa Econômica Federal até o final do ano.

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