O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes condicionou a análise do pedido de fraude em segundo turno feito pelo PL, sigla de Jair Bolsonaro, à primeira votação. O presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, havia solicitado ainda hoje, terça-feira, 22, mais cedo a solicitação de invalidação de votos nas urnas fabricadas antes de 2020. O grupo alega que nesses equipamentos não a auditoria é impossível.
“As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022. Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas”, respondeu Moraes.
O prazo para envio das informações dado por Alexandre de Moraes é de até 24 horas e, se o PL não encaminhar, a reclamação será indeferida integralmente. A demanda do partido é referente a 60% das urnas utilizadas em todo o País. Em entrevista coletiva, Valdemar afirmou que, em um cenário somente com os equipamentos auditáveis, Bolsonaro teria 51,05% dos votos válidos e Lula, 48,95% .
A segurança das urnas foi verificada e atestada por diversos segmentos e instituições brasileiros, como o Tribunal de Contas da União (TCU ), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Forças Armadas, além de missões internacionais de observação eleitoral. A maior parte do Congresso Nacional eleita é de apoiadores de Jair Bolsonaro. Moraes deve avaliar a questão até esta quarta-feira, 23.