Vazão do Rio Meia Ponte está abaixo do ideal, mas ‘dá para o gasto’

Nível de vazão do Rio Meia-Ponte, que abastece a Grande Goiânia, está abaixo do ideal

A Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte é a principal fornecedora de água da Região Metropolitana de Goiânia. O ideal é que o nível de vazão diário seja superior a 12.000 L/s, para garantir um abastecimento eficaz. No momento, mesmo com o período chuvoso em Goiás, os números estão abaixo do mínimo, gerando um “Nível de Atenção”. De qualquer forma, não é um dado tão preocupante quanto parece.

O nível de vazão do Rio Meia Ponte

De acordo com o Governo de Goiás, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a vazão média do dia 18 de novembro foi de 10.244 L/s. Essa data foi quando ocorreu a última atualização no Monitoramento Diário dos Pontos de Controle da Vazão do Rio Meia Ponte.

Os protocolos de segurança apontam que vazão de escoamento menor ou igual a 12.000 L/s já entra em “Nível de Atenção”. Caso o valor diminua para menos de 9.000 L/s, a situação entra em “Nível de Alerta”. Com menos de 5.500 L/s, se inicia o “Nível Crítico”. Atualmente, o Rio Meia Ponte tem o suficiente para todos.

“O que nós temos hoje dá para o gasto de todos os usuários. Mas, apesar de estar com o índice relativamente bom, a questão do uso racional da água, em período chuvoso ou seco, tem que ser contínuo. Independente dessa situação, as pessoas têm que entender que a água é um bem limitado”, declara André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), ao DE.

Depois de um longo período de seca em Goiás, que durou mais de cem dias neste ano, o estado passou a receber chuvas desde o mês de setembro. Nesta semana, inclusive, as Regiões Sudoeste e Norte serão as mais afetadas por tempestades, as quais seguem até o final de semana.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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