Agentes suspeitos de matar jovem em abordagem são afastados, diz DGAP

Policiais penais suspeitos de matar jovem durante abordagem são afastados da função, diz DGAP

Os quatro policiais penais suspeitos de matar um jovem durante uma abordagem ao carro da vítima, foram afastados da função pela Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP). O carro de Hermes Júnior de Oliveira, de 26 anos, foi confundido com outro usado por bandidos que trocaram tiros com a polícia na região do presídio de Aparecida de Goiânia. 

Os policiais penais não tiveram o nome divulgados. A abordagem aconteceu na noite da última terça-feira, 22, em uma rua próxima ao presídio de Aparecida de Goiânia. De acordo com testemunhas, Hermes estava no carro junto com os pais e um amigo quando foi atingido na cabeça por um tiro. A mãe dele foi atingida de raspão no ombro e o pai sofreu corte de estilhaços do vidro que quebrou. O amigo não teve ferimentos. 

Ao G1, o pai relatou que eles haviam ido até uma empresa de reciclagem deixar um caminhão. Enquanto saiam do local, eles viram apenas o farol do carro e o momento em que os homens gritaram para parar. Em seguida, eles começaram a atirar. 

O caso está sendo investigado pela DGAP e Polícia Civil. Os policiais penais que participaram da abordagem se apresentaram na Central de Flagrantes da Polícia Civil. Eles foram ouvidos e liberados em seguida. As armas foram apreendidas. 

Abordagem 

Hermes José, pai da vítima, relatou que estava no banco de trás do carro quando o filho foi baleado. Ele segurou o volante e puxou o freio de mão, parando o veículo. A família pediu ajuda aos policiais, que não pararam para prestar socorro. 

A família de Hermes Júnior foi quem o levou até o hospital. Eles colocaram a vítima no barco de trás do veículo e seguiram até o Cais Chácara do Governador, mas o jovem já estava morto. Ele morreu nos meus braços”, disse o pai. O jovem era casado e deixa uma filha de 11 meses. 

De acordo com a DGAP, os policiais penais tentaram impedir o lançamento de itens proibidos dentro do presídio e entraram em confronto com um carro de cor escura e com cerca de três ocupantes, mas os criminosos fugiram. 

Durante a patrulha, os agentes viram outro carro com as mesmas características na região e começaram a seguir. “Neste momento foi realizada tentativa de abordagem em via nos fundos das unidades prisionais, área de segurança e monitoramento da Polícia Penal, o motorista não atendeu a voz de parada e acelerou com o objetivo de evadir do local”, diz a nota.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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