Ministério da Saúde lança campanha voltada para a população negra

Negros são 54% da população e demonstram maior vulnerabilidade a doenças crônicas

Para marcar o Dia da Consciência Negra, o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos, lançou hoje (21) em Brasília uma nova campanha publicitária voltada para a população negra. Com o slogan “O SUS está de braços abertos para a saúde da população negra”, a iniciativa visa a garantir o atendimento ético a pessoas pretas e pardas.

A população negra representa 54% dos brasileiros e detém indicadores que demostram situações de vulnerabilidade no que diz respeito às doenças crônicas e infecciosas, tais como a anemia falciforme, o diabetes mellitus (tipo 3), a hipertensão arterial e a deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase.

De acordo com Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, 29,7% da população de cor clara avaliam sua saúde entre muito ruim e regular. Quando se trata da população negra e parda, esse índice sobe para 37,8%.

Cinco mil profissionais de saúde serão treinados com cursos e capacitação para o atendimento primário em comunidades quilombolas. O objetivo é fomentar a campanha “O SUS está de braços abertos para a saúde da população negra” e a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.

Somente a partir deste ano foi instituída a obrigatoriedade da especificação do quesito cor/raça no preenchimento das fichas cadastrais para os usuários do SUS. Segundo o Ministério da Saúde, após a adequação dos sistemas, será possível construir um perfil epidemiológico por raça/cor no Brasil.

Fonte: Agência Brasil

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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