Bolsonaro reclama ao STF de ter sido xingado por Lula e Hoffmann

O presidente Jair Bolsonaro e o partido dele, o PL, reagiram pela segunda vez aos resultados das eleições. O candidato derrotado nas urnas acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra Luís Inácio Lula da Silva e contra a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Eles alegam que a dupla o xingou em comícios na campanha presidencial.

 

De acordo com o site O Antagonista, o pedido cita um comício realizado no Complexo do Alemão e também propaganda eleitoral em que Bolsonaro teria sido alvo de crime contra a honra. O político reclama de ter sido chamado de “genocida”, “miliciano”, “assassino”, “demônio” e “canibal” durante comício no Complexo do Alemão e em propaganda eleitoral. Outra queixa é pelo fato de ser acusado de ter responsabilidade pelo assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco.

 

Além disso, os bolsonaristas pedem a instauração de inquérito policial e identificação do foro competente para processo e julgamento. A representação criminal foi assinada pelo delegado da Polícia Federal (PF), Márcio Nunes de Oliveira. O ofício foi encaminhado à presidente do STF, ministra Rosa Weber, mas a relatoria é do ministro Nunes Marques.

 

Em agosto, durante a campanha, a assessoria jurídica da legenda do atual presidente, o PL,  protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido para que a equipe de Lula retirasse do ar um vídeo em que o petista caracteriza Bolsonaro como genocida. A solicitação foi deferida. O ministro Raul Araújo considerou que houve propaganda eleitoral extemporânea negativa, ofensa à honra e à imagem.

Na semana passada, o PL questionou o STF sobre o resultado das eleições. A sigla pediu a anulação das eleições de segundo turno porque alegam que parte das urnas não pode ser auditada. Eles afirmar que, com a eliminação desses equipamento do total de votos contabilizados, Bolsonaro seria o vencedor das eleições presidenciais. O ministro Alexandre de Moraes pediu provas estendendo ao primeiro turno as alegações, mas o partido não o fez e foi multado em R$  23 milhões.

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Papa Francisco revela tentativas de atentado durante visita ao Iraque em 2021

Em sua autobiografia, o Papa Francisco revelou que duas tentativas de atentado contra ele foram frustradas durante sua visita histórica ao Iraque, em 2021. O pontífice relatou que foi informado pelos serviços de segurança britânicos sobre uma jovem que estaria a caminho de Mossul, uma das maiores cidades iraquianas, carregando explosivos com a intenção de se explodir durante sua presença. Além disso, ele mencionou uma van que teria partido em alta velocidade com o mesmo objetivo.

No trecho publicado pelo jornal italiano Corriere Della Sera, Francisco descreve a resposta recebida no dia seguinte pela Gendarmaria do Vaticano. Segundo ele, o comandante informou que os responsáveis haviam sido interceptados e “não estavam mais lá”, uma referência à atuação das autoridades iraquianas, que teriam evitado os ataques. “Isso também foi muito marcante para mim. Isso também foi o fruto envenenado da guerra”, escreveu o pontífice em suas memórias.

O relato faz parte do livro Esperança, que será lançado no início de 2024, próximo ao aniversário de 88 anos de Francisco, celebrado nesta terça-feira, 17.

A visita ao Iraque marcou a primeira vez que um líder da Igreja Católica esteve no país, em uma viagem considerada de alto risco devido à situação de segurança e à pandemia de Covid-19. Mesmo assim, Francisco decidiu seguir com a missão, destacando a importância histórica e religiosa do Iraque, lar de uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo.

Durante a viagem, o Papa demonstrou solidariedade aos cristãos perseguidos no país e se encontrou com o Grande Aiatolá Ali al-Sistani, uma das figuras mais influentes do islamismo xiita, em um encontro considerado histórico para o diálogo inter-religioso.

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