ANTT terá de dar informações sobre obras de duplicação no Rio

Empresa deve apresentar documentos à PF até começo de dezembro

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) terá de apresentar informações à Polícia Federal sobre as obras na Nova Subida da Serra de Petrópolis (BR-040), região serrana do Rio. A determinação é do Ministério Público Federal (MPF).

Procuradores se reuniram hoje (22) com a ANTT para acompanhar as intervenções após a abertura de uma cratera na rodovia. A ocorrência do dia 7, no quilômetro 81 da Serra de Petrópolis,  sentido Rio de Janeiro, provocou a interdição da pista e deixou 95 famílias desalojadas.

Prazos

De acordo com a decisão, a ANTT, a quem cabe a fiscalização da concessão, deve apresentar documentos à Polícia Federal nos dias 1º e 6 de dezembro.  A agência também deverá apresentar documentos ao MPF e à Defesa Civil nos dias 24 e 27 de dezembro.

A ANTT deverá apresentar ao MPF e a Polícia Federal, até 1º de dezembro, cópia da última versão do projeto executivo da Nova Subida da Serra enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU), acompanhado do relatório de análise do projeto.

O MPF determinou ainda que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apresente até sexta-feira (24) os relatórios da concessionária Concer quanto aos riscos no contorno da via e nas comunidades próximas, além de um cronograma de intervenções para recuperação do local.

Análise para liberação da via

O secretário de Defesa Civil, Paulo Renato Vaz, reafirmou que os laudos e documentos serão usados pela instituição para definir os próximos passos em relação aos imóveis interditados e à liberação de trânsito na rodovia.

“Esse é um caso de grande complexidade, ainda mais por se tratar de uma área de concessão federal. É importante que todos cumpram os prazos estabelecidos pelo MPF, para que a gente possa ter acesso a todas as informações necessárias o mais rápido possível”.

Fonte: Agência Brasil

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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