Aneel deve aprovar venda da Enel na próxima terça-feira, 6

Lula faz agradecimento ao governador Ronaldo Caiado por atuação no 8 de janeiro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve votar, na próxima terça-feira, 6, relatório com parecer favorável à venda da Enel Distribuição Goiás para a Equatorial Energia. A informação foi repassada ao governador Ronaldo Caiado nesta quarta-feira, 30, pelo presidente da estatal, Sandoval de Araújo, durante reunião em Brasília. A expectativa é que, cumpridos os ritos legais, a Equatorial assuma o fornecimento de energia elétrica no Estado a partir de 1º de janeiro de 2023.

“Essa foi nossa terceira reunião na sede da Aneel para acompanhar as providências finais da transferência da Enel para a Equatorial. A agência apresentou o relatório concluído e informou que ele será levado à votação por parte de toda a diretoria na terça-feira, 6. Concluída a votação, documento assinado e publicado, a partir de janeiro teremos uma nova distribuidora de energia”, afirmou o governador em entrevista concedida após o encontro.

A aprovação do colegiado é o último passo para a concretização da venda da Enel e, segundo Aneel, a tendência é de que os diretores da agência sigam o parecer favorável do relator Hélvio Guerra. A venda da concessão da Celg-D também já recebeu parecer favorável do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em outubro. “Até que enfim, conseguimos ter uma perspectiva de um futuro mais promissor”, comemorou o governador.

Caiado reforçou que o Governo de Goiás vai acompanhar o processo de transição entre as empresas para garantir a prestação de serviço de qualidade ao cidadão: “Sei que não se resolve tudo do dia para a noite, mas queremos que a nova empresa mostre interesse em atender a sociedade goiana, que não suporta conviver com quedas de energia e prejuízos excessivos, que estão inibindo o crescimento do Estado de Goiás”, disse.

O governador foi à capital federal acompanhado do vice-governador eleito, Daniel Vilela, e do secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

Histórico

A Enel Distribuição Goiás foi vendida para a Equatorial no dia 23 de setembro deste ano por R$1,6 bilhão. A empresa possui cerca de 3,3 milhões de unidades consumidoras em 237 municípios e estava no mercado goiano desde 2016, quando arrematou a Celg-D em lance único de R$2,1 bilhões.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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