Combustíveis ficam mais caros em janeiro de 2023; entenda

Combustíveis ficam mais caros em janeiro de 2023; entenda

A partir de 1º de janeiro, o preço dos combustíveis podem ser reajustados com o fim das isenções de impostos federais. Em março e em junho, o Congresso Nacional zerou o PIs/Cofins sobre diesel, biodiesel, gás de cozinha e querosene de aviação, gasolina, álcool e Gás Natural Veicular (CNV). Além disso, a Cide deixou de incidir sobre esses produtos. 

Até então, eles representavam R$ 0,6515 por litro de gasolina, R$ 0,2418 no etanol e R$ 0,3164 no óleo diesel. A regra é isenção até o dia 31 de dezembro deste ano. Alguns projetos de lei foram apresentados, mas nenhum foi aprovado. Alguns setores estão pressionando o governo Lula para articular a renovação. Antes das eleições. Bolsonaro havia sinalizado interesse em estender a isenção em 2023.

“Há perspectiva de aumento dos combustíveis em 1º de janeiro, principalmente pelo posicionamento do governo em rever a isenção somente em janeiro. Com isso, teremos o retorno de Pis/Cofins e Cide. A gente tem trabalhado, via Fecombustíveis [Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes] para convencer o governo a prorrogar a medida. Seria prejudicial para a economia, segmento de combustíveis e consumidores”, aponta o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Goiás (Sindiposto-GO), Márcio Andrade.

O País deixou de arrecadar R$ 14,9 bilhões em impostos federais neste ano com a isenção. A medida foi estratégica para conter os aumentos sucessivos do preço dos combustíveis. Uma lei também aprovada no Congresso obrigou os estados a limitar em 18% o ICMS sobre combustíveis e outros itens considerados essenciais, como gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

Há quase seis meses, o etanol não tem Pis/Cofins incidindo sobre o preço cobrado ao consumidor. O temor pelo retorno da cobrança tem deixado o segmento em alerta. Uma pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura (Esalq) da  da Universidade de São Paulo (USP), aponta que a maioria acredita no fim das isenção no próximo ano.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp