Pelo quinto ano consecutivo, Goiânia não terá festa da virada

O Réveillon 2023 não terá festa promovida pelo governo de Goiás. A capital recebeu o último evento em 2017, quando a praça Cívica reuniu milhares de pessoas para celebrar a virada. No ano seguinte, um decreto estadual proibiu a festa para conter gastos e em 2020 e 2021 coincidiram com as medidas sanitárias restritivas para coibir a Covid. A reportagem do Diário do Estado confirmou a informação com a assessoria de imprensa do Palácio das Esmeraldas. 

Com as festas públicas sem previsão de retorno, os eventos particulares e em bares, restaurantes e hotéis ganharam espaço. A horas antes e depois da contagem regressiva  contam com ceias elaboradas, shows e queima de fogos que podem custar algumas centenas de reais. Para atender a demanda, o setor já começou a realizar contratações e ainda há cerca de mil vagas em aberto.

Há cinco anos, na última festa da virada, os goianos aproveitaram a programação musical com Chitãozinho e Xororó, a banda Falamansa, e o locutor de rodeio, narrador e apresentador Cuiabano Lima. Cerca de 70 mil pessoas estiveram no estádio Serra Dourada aproveitando a festa que ainda teve 20 minutos de  fogos de artifício.

Apesar disso, a tradicional festa natalina está mantida. Desde o sábado, 3, o Natal do Bem está ocorrendo no Centro Cultural Oscar Niemeyer. O evento foi transferido da praça Cívica para esse novo espaço em 2021 devido às obras do corredor BRT na região. O cenário terá decoração exclusiva e atrações  artísticas e culturais  todos os dias da semana, de segunda a domingo, até o encerramento, em 01 de janeiro. A programação está no site da OVG

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Semad lança relatório sobre incêndios florestais em Goiás

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) lançou o Relatório Consolidado de Incêndios Florestais Ocorridos em Goiás no ano de 2024, nesta quainta-feira, 19, durante live no perfil @semadgoias.reserva conduzida pelo subsecretário de Licenciamento, Fiscalização e Controle da Semad, Robson Disarz.

A íntegra do documento está disponibilizada no site da secretaria.

Desde janeiro, o fogo consumiu quase 449 mil hectares no estado, com destaque para os municípios de Formosa, Mineiros, Rio Verde e Jataí.

Incêndios florestais em Goiás

O relatório informa que 51,7% dos incêndios ocorreram em áreas de produção agropecuária e somente 1,42% (pouco mais de 5,6 mil hectares) coincide com áreas licenciadas, o que evidencia a eficácia do processo de licenciamento.

Pouco mais de 6,5% desse perímetro pertence a unidades de conservação, em especial aos parques nacionais da Chapada dos Veadeiros (14,6 mil hectares) e das Emas (11,3 mil). Os incêndios em terras quilombolas correspondem a 1,5% do total, e os incêndios em terras indígenas, a 0,02%.

O Corpo de Bombeiros Militar realizou 10.686 atendimentos até setembro de 2024, com foco em áreas urbanas. A plataforma Monitor de Queimadas recebeu 584 notificações em 2024. O investimento da Semad em prevenção foi de R$ 4,22 millhões no ano, com contratação de brigadistas e aquisição de novos equipamentos.

As brigadas contratadas pela pasta atenderam 152 ocorrências até novembro, com foco na contenção de incêndios em áreas limítrofes das UCs.

Tendências históricas

O estudo traz uma série histórica dos focos de calor em Goiás com início em 1998, que revela que os anos de 2007 e 2010 foram os mais críticos do período (com 12,6 mil e 13,4 mil focos, respectivamente).

Houve uma redução significativa nas ocorrências no período de 2019 a 2023. O número passou de 7.160 para 3.160 focos (um dos menores quantitativos da série histórica, ao lado dos anos de 2009, 2013 e 2018).

No ano de 2024, no entanto, observou-se uma inversão na tendência de redução, com o registro de 5.954 focos de calor até o dia 31 de outubro.

Em setembro, o mês tradicionalmente com maior concentração de focos de calor, houve uma notável e particular elevação nos registros. A média histórica para setembro é de 2.240 focos, mas esse número saltou para 3.111 em 2024, evidenciando um acréscimo significativo.

Contudo, é importante ressaltar que, ao longo de 2024, nenhum mês regisrou valores que ultrapassssem a máxima histórica, sugerindo que o ano apresentou picos elevados, mas ainda dentro de limites históricos de variação.

Focos

De acordo com o Mapbiomas, os focos de incêndio em Goiás correspondem a 7,8% de todo o Brasil em 2024. Os estados em que houve mais ocorrências foram Mato Grosso, em primeiro lugar (24,4%), e na sequência Tocantins, Maranhão e Minas Gerais.

O Instituto Mauro Borges (IMB) divulgou que as queimadas tiveram um custo estimado em R$ 710 milhões entre janeiro e agosto, valor que deve alcançar cerca de R$ 1,2 bilhão até o fim do ano.

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