O coletivo feminino ajudava 50 mil mulheres
O grupo Indique uma Mana em Goiás foi banido novamente pelo facebook, depois de várias ameaças foi definitivamente excluído. O que provocou muita comoção nas redes sociais por parte das moderadoras e também integrantes do coletivo feminino.
Composto por 50 mil mulheres, o grupo foi criado há cerca de um ano com intuito de fomentar postagens de trabalho para mulheres, CIS, trans, negras e brancas onde as integrantes conseguiam ajuda com oferta de emprego, serviços, além de também disponibilizar doações e ajuda, também tinha indicação de bens.
Para além das utilidades que o grupo oferecia, a página possui uma base feminista e a relação entre as integrantes era de confiança, para até mesmo desabafar ou fazer denúncias sobre diversos tipos de violência. As mulheres que participam do grupo, são unidas e se sentem confortáveis para falar e também ouvir.
A Delegada Adriana Accorsi no mês de março fez uma homenagem as mulheres de luta e o grupo foi citado, como integrante ela expressou seu sentimento de insatisfação com o banimento através de um comentário (Querida Aymê conte comigo sempre! Quero continuar participando) na publicação de uma das moderadoras.
“Fiquei muito chateada com o banimento deste importante canal de comunicação e empoderamento feminino”, afirma Adriana.
Adriana Accorsi ressalta também que além de ser uma ferramenta muito válida para troca de informações e fazer denúncias, o grupo Indique uma Mana sempre tratou de: amor, parceria, solidariedade entre as mulheres (sororidade), contatos profissionais e desabafos de assuntos íntimos”, relata.
A militância desses grupos são muito importantes nas redes sociais, já que conseguem um alcance maior de pessoas e dar voz as questões de gênero que são combatidas diariamente. A última atualização é de que uma nova versão do grupo foi criada e as moderadoras já estão atualizando as informações para adicionar novamente as integrantes.
O Jornal diário do estado tentou entrar em contato com uma das moderadoras e até o momento da publicação desta matéria não conseguiu respostas.
Joyce Cristina